Com seis nomeações aos Óscares, “Tár” foi um dos filmes mais elogiados de 2022. Ao mesmo tempo, passou a ser considerado um dos melhores da longa — e invejável — carreira de Cate Blanchett, protagonista de obras como “Blue Jasmine” e “Carol”. A 1 de abril, a produção estreia-se na Netflix, onde promete voltar a conquistar o público.
A história acompanha a vida de Lydia Tár, uma maestrina de elite considerada uma das melhores compositoras vivas e a primeira mulher à frente da prestigiada Orquestra Filarmónica de Berlim. Sob a sua direção, os músicos tocam de forma coordenada e irrepreensível.
No seu mundo, Lydia representa o poder absoluto. A narrativa apresenta-a como uma figura carismática, inspiradora e brilhante — mas essa construção começa a desmoronar quando, a meio da história, surgem revelações perturbadoras: a mulher, lésbica e mãe de uma filha adotiva, também é uma abusadora.
Usa o seu estatuto para manipular colegas e jovens aspirantes a músicos, exigindo favores sexuais de mulheres vulneráveis e em posição hierárquica inferior. Tudo se torna mais sombrio quando uma das suas ex-amantes se suicida.
Este papel valeu a Cate Blanchett uma nomeação ao Óscar de Melhor Atriz Principal em 2023. “Tár” recebeu ainda nomeações nas categorias de Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento Original, Melhor Cinematografia e Melhor Edição.
“É um filme fenomenal, apoiado por uma equipa de topo”, descreveu o “Observer”. “É brilhante e singular. Como muitos grandes filmes, é também, a um certo nível mais profundo, um filme de terror”, acrescentou o “Financial Times”. Apesar dos elogios — tem 91 por cento de aprovação no Rotten Tomatoes —, não foi um sucesso comercial: arrecadou 21 milhões de euros, abaixo do orçamento de 32 milhões.
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