Os episódios de “The Sandman”, série que estreou na Netflix a 5 de agosto, cobrem os dois primeiros volumes da banda desenhada criada por Neil Gaiman, Sam Keith e Mike Dringenberg. Mas como os leitores da história sabem, o universo é muito maior. A saga original da banda desenhada tem um total de 10 volumes, para não mencionar os vários spinoffs, prequelas e sequelas que surgiram nos anos seguintes.
Para surpresa de todos, a Netflix lançou um episódio adicional da série da DC Comics esta sexta-feira, 19 de agosto. Este bónus adapta duas histórias diferentes da banda desenhada: “A Dream of a Thousand Cats” — ou “Um Sonho de Mil Gatos”, em português — e “Calliope”.
Ambos são pequenos contos integrados em “Dream Country”, o terceiro volume da banda desenhada. A adaptação de “A Dream of a Thousand Cats” é animada — uma vez que a história é contada a partir da perspetiva dos gatos e explora aquilo com que sonham — e realizada por Hisko Hulsing, enquanto “Calliope” é de ação e teve como realizador Louise Hooper.
“Esforçámo-nos por tornar a versão animada de ‘Um Sonho de Mil Gatos’ tão hipnotizante quanto possível. Para isso utilizamos a magia das verdadeiras pinturas a óleo sobre tela”, disse Hulsing em comunicado, aqui citado pela “EW”. “Combinámos as pinturas com animação 2D classicamente desenhada, baseada em animação 3D realista de gatos telepáticos, com o objetivo de criar um mundo de sonho.”
Os novos capítulos contam com a participação especial de Sandra Oh na voz de Profeta. A narrativa também traz mais alguns nomes que protagonizaram a adaptação audível do audio-book de “The Sandman”. James McAvoy, que na altura deu voz a Morpheus, interpreta o Homem de Cabelo de Ouro, enquanto Michael Sheen, que antes deu voz a Lucifer, interpreta agora Paul. O próprio Gaiman, que narrou a versão audível, faz a voz de Crow e Skull Bird neste episódio.
A série é baseada no complexo universo da banda desenhada com o mesmo título, lançada pela primeira vez em 1989. Tornou-se num sucesso nunca antes visto e, durante os sete anos em que a saga foi publicada, alcançou vendas iguais ou superiores a outros fenómenos com décadas de existência como “Super-Homem” e “Batman”. Anualmente, vendia cerca de um milhão de cópias e, a certa altura, os volumes individuais eram tão procurados que se tornaram raros.