Os fãs dos irmãos Ethan e Joel Coen reconhecerão que os seus filmes western — como “Indomável” e “Este País não é para Velhos” — serão dos melhores projetos das suas carreiras. Por isso, boas notícias: o muito esperado “The Ballad of Buster Scruggs” é um western puro que pode ser visto na Netflix a partir desta sexta-feira, 16 de novembro.
O filme conta seis histórias — esteve para ser uma minissérie e tem, no total, duas horas e 12 minutos. Foi exibido em vários festivais de cinema do mundo e tem sido moderadamente elogiado pela crítica internacional.
Estas histórias foram escritas ao longo dos últimos 25 anos e são uma espécie de caricatura dos grandes clássicos westerns: há estereótipos de personagens icónicas como cowboys e índios, além de outros perfis típicos do Velho Oeste — que é retratado de vários ângulos.
O tema central é a morte, além da lição de que coisas más acontecem a pessoas boas sem que possamos fazer nada em relação a isso.
Alguns destes contos — chamemos-lhe assim — são mais dramáticos; outros estão bem mais próximos da comédia. É o filme mais longo da carreira dos irmãos Coen mas é natural, já que inclui seis histórias diferentes.
São apresentadas como se estivessem num antigo livro de fábulas do faroeste — sempre que há uma nova história, abre-se um novo capítulo de “The Ballad of Buster Scruggs” que tem uma ilustração de uma das personagens principais. Eis o que pode esperar de cada uma destas histórias.
“The Misanthrope”
A série começa precisamente com Buster Scruggs, uma personagem interpretada por Tim Blake Nelson. É um fora da lei misantropo, como sugere o título do “episódio”, que canta e assobia uma balada triste sobre a sua jornada numa cidade do Oeste. O que deixa para trás é uma carnificina.