Cinema

Três irmãs distantes e um pai à beira da morte: já estreou o novo drama da Netflix

“As Três Filhas” já se tornou um dos filmes mais elogiados das carreiras de Elizabeth Olsen, Carrie Coon e Natasha Lyonne.
Vai ser o próximo grande sucesso da Netflix.

Com um elenco de luxo, que inclui Carrie Coon, Elizabeth Olsen e Natasha Lyonne, “As Três Filhas” promete ser o próximo grande êxito da Netflix. O drama estreou esta sexta-feira, 20 de setembro, na plataforma de streaming, após uma exibição limitada em algumas salas de cinema nos EUA.

O enredo centra-se em três irmãs que enfrentam a morte iminente do pai de maneiras distintas. A narrativa desenrola-se principalmente na casa de infância onde cresceram, enquanto antigos ressentimentos emergem e complicam o processo de luto — tudo isso acontece enquanto o pai, interpretado por Jay O. Sanders, se encontra em estado vegetativo no quarto.

As atrizes foram cuidadosamente escolhidas pelo realizador Azazel Jacobs. Carrie Coon revelou ao “Radio Times” que aceitou participar sem sequer ler o guião: “O meu marido [o ator Tracy Letts] já tinha trabalhado com ele duas vezes, então aceitei logo. Trouxe-me o argumento a casa”.

A norte-americana, de 43 anos, assume o papel de Katie, a filha mais velha, que caracteriza como “extremamente controladora”. A atriz identifica-se com a sua personagem, reconhecendo as tensões e complexidades que surgem nas relações entre as irmãs. “Sou também a irmã mais velha e compreendo as dificuldades e os sentimentos ambivalentes que ela nutre em relação às outras.”

A filha mais nova, Christina, é interpretada por Olsen. Age como uma ponte entre as irmãs, enquanto luta com o sofrimento emocional da situação e a pressão de estar longe dos filhos bebés. “É a primeira vez que alguém escreve um papel especificamente para mim”, confessa. “É diferente de tudo o que já fiz.”

Natasha Lyonne assume o papel de Rachel, marginalizada pelas irmãs por não ser filha biológica de Vincent. A atriz observa que o luto é um tema recorrente em Hollywood, mas destaca que “As Três Filhas” é diferente, mais próximo da realidade. “Muitas vezes ficamos simplesmente sentados, à espera, sem pensamentos claros, isolados com um sentimento de desolação”, descreve.

O realizador Azazel Jacobs, que ainda tem ambos os pais, pensa constantemente no que será a vida sem eles, uma realidade que o não deixa dormir algumas vezes. Em declarações ao “IndieWire”, explicou que desejava abordar não só os seus receios, mas também as suas esperanças. “Queria falar sobre a minha experiência pessoal”, acrescenta.

Assim que finalizou o guião, Jacobs garante que se sentiu logo satisfeito com o que tinha criado. Apesar das atrizes não se parecerem fisicamente com as suas personagens, o cineasta de 52 anos estava convicto de que eram as escolhas certas. “Sabia que elas aceitariam porque já tinha uma visão muito clara, algo que não tinha acontecido no passado. Acredito que isso foi o que as convenceu”, brinca.

A sua autoconfiança, e não arrogância, parece justificada, uma vez que a crítica recebeu o filme de forma entusiástica. No agregador Rotten Tomatoes, a obra regista uma impressionante avaliação de 98 por cento. Além disso, “As Três Filhas” já se tornou o trabalho mais aclamado de Natasha Lyonne, Elizabeth Olsen e Carrie Coon. 

O “Financial Times” descreve-o como “um filme sobre a morte num pequeno apartamento que transborda luz e vida”, enquanto a “Associated Press” o caracteriza como “uma pressão intensa e uma vitrine extraordinária para o talento notável destas três atrizes”.

Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estreiam em setembro nas plataformas de streaming e canais de televisão.

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