Durante anos, as adaptações de videojogos ao cinema carregaram um estigma de insucesso. Títulos como “Resident Evil: Welcome To Racoon City” ou “Mortal Kombat” reforçaram essa perceção. No entanto, essa tendência tem vindo a inverter-se — e “Super Mario Bros: O Filme”, agora disponível na Netflix desde terça-feira, 20 de maio, é o exemplo mais recente. A obra de animação atingiu de imediato o primeiro lugar do top de visualizações em Portugal.
A longa-metragem acompanha os irmãos Mario (Chris Pratt) e Luigi (Charlie Day), canalizadores de Brooklyn, que são misteriosamente transportados para mundos paralelos enquanto tentam consertar um cano subterrâneo. Mario aterra no Reino Cogumelo, governado pela Princesa Peach (Anya Taylor-Joy), enquanto Luigi fica preso no Reino das Sombras, onde Bowser (Jack Black) prepara um ataque devastador. Para o travar e resgatar o irmão, Mario junta-se à princesa e a Donkey Kong (Seth Rogen) numa missão cheia de ação e referências aos clássicos da Nintendo.
Apesar de não ter conquistado nomeações para os Óscares, a produção foi destacada em eventos como os Annie Awards e os Globos de Ouro, na categoria de Melhor Filme de Animação. O impacto foi tal que impulsionou o desenvolvimento de possíveis sequelas e reforçou a aposta da Nintendo no grande ecrã.
Como acontece frequentemente, a receção crítica e o entusiasmo do público seguiram caminhos distintos. No agregador Rotten Tomatoes, os críticos atribuíram-lhe 59 por cento, enquanto os espectadores o avaliaram com 95 por cento. “É uma versão preguiçosa daquilo que poderia ser um filme do Super Mario”, comentou o jornal “Observer”.
Independentemente das críticas, o sucesso financeiro foi inegável. Lançado em 2023, “Super Mario Bros: O Filme” gerou cerca de 1,20 mil milhões de euros em receitas globais, tornando-se a segunda produção mais rentável do ano, apenas atrás de “Barbie”, que alcançou os 1,28 mil milhões.
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