Muitos cinemas portugueses estão em sério risco de fechar e a estimativa é que a descida das receitas para este ano seja cerca de metade. Quem deixou o aviso foram a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC) e a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP), que foram ouvidas na Assembleia da República esta terça-feira, 6 de abril.
As salas de cinema podem reabrir a 19 de abril, mas sob fortes restrições. Por exemplo, não vão poder vender comida, a lotação é reduzida, o uso de máscara é obrigatório e as sessões em horário nobre não vão existir nos primeiros tempos.
“Pode estar em causa esta presença nacional, e os locais que mais poderão ficar afetados pelo encerramento de salas serão os locais do interior onde a procura é inferior”, disse o membro da direção da APEC Paulo Aguiar.
E acrescentou: “Temos uma data de abertura com imensas restrições, pelo menos nos primeiros quinze dias, e isso trará problemas acrescidos a uma atividade que está representada de norte a sul do país, 365 dias por ano, e em que há um risco extremamente elevado de encolher, de forma bastante substancial, a sua oferta de cinema aos portugueses”.
A APEC, que representa 90 por cento das exibidoras de cinema em Portugal, diz que entre 300 e 400 pessoas do setor terão ficado desempregadas ao longo do último ano.
O Cinema Nimas, em Lisboa, já anunciou a programação para as primeiras semanas depois da reabertura. Os cinemas Castello Lopes também confirmaram que vão reabrir a 19 de abril.