Um dos motivos que levou à greve dos atores de Hollywood, que arrancou a 2 de maio, tem tanto de surpreendente como de insólito. Os estúdios tencionavam recorrer a ferramentas de inteligência artificial para criarem réplicas digitais dos artistas — que pudessem usar para sempre e de graça —, alertou o sindicato.
Se o objetivo parece distópico, a verdade é que estas simulações já começaram a surgir, mesmo que de autores anónimos. Esta segunda-feira, 2 de outubro, Tom Hanks alertou os fãs para um anúncio falso no qual, alegadamente, aparece a fazer propaganda a produtos e serviços.
“Cuidado. Há um vídeo por aí a promover um Plano de Saúde Dental com uma versão minha de IA. Não tenho nada a ver com isso”, escreveu numa publicação no Instagram. Na fotografia, surge uma cópia de uma versão digital (bastante realista) do ator que não foi autorizada pelo mesmo.
Ver esta publicação no Instagram
Porém, Hanks não está sozinho. Gayle King, apresentadora do famoso programa “CBS Mornings”, também partilhou um vídeo falso, no qual aparece a incentivar os espetadores a clicar numa hiperligação para descobrirem o segredo da sua perda de peso. A publicação foi partilhada no mesmo dia.
“Não tenho nada a ver com esta empresa. Nunca ouvi falar deste produto nem o usei! Por favor, não se deixem enganar por estes vídeos de IA”, referiu.
Leia também o artigo da NiT sobre os autores que se estão a revoltar contra a inteligência artificial. Um novo processo que tem George R.R. Martin a John Grisham como intervenientes quer processar a OpenAI, criadora do ChatGPT.
