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“Vive e Deixa Andar”, a nova comédia com Eduardo Madeira é “uma homenagem a Peter Sellers”

A comédia chegou aos cinemas esta quinta-feira, 31 de outubro. A NiT esteve à conversa com o realizador Miguel Cadilhe.

Lucas é um órfão desastrado. Tão desastrado que coloca recorrentemente a sua própria vida em perigo. A personagem, interpretada por Eduardo Madeira, acaba naturalmente despedida do seu emprego e, numa bola de neve, vê-se igualmente despejada. Aparentemente no fim da linha, encontra salvação na ajuda de um amigo, que o chama para fazer companhia a duas influencers — e pelo caminho encontra o amor.

Assim começa o enredo do filme “Vive e Deixa Andar”, realizado por Miguel Cadilhe, que chegou esta quinta-feira, 31 de outubro, aos cinemas nacionais. O projeto nasce da vontade comum entre o produtor, Eduardo Madeira, e Filipe Fonseca, de homenagearem o humorista e ator Peter Sellers.

“Já há muito tempo que falávamos em fazer algo juntos para homenagear Peter Sellers, de quem gostamos muito. Em 2023, sentámo-nos à mesa e decidimos avançar com este filme. Fui procurar financiamento e Filipe Fonseca avançou com o guião”, conta Miguel Cadilhe, de 51 anos, à NiT. 

A comédia romântica é “física”, mas repleta de “enganos”. Apesar de ser ficção, retrata lições reais, embora o enredo não tenha qualquer adesão à realidade. Rodada entre Almada e o Casino do Estoril, a obra conta com Eduardo Madeira no papel principal. As gravações decorreram de abril até junho, durante seis semanas. Ao elenco junta-se Joana Pais de Brito, Ricardo Carriço, João Manzarra, Pedro Alves, Alexandra Lencastre, Débora Monteiro, Lili Caneças, Oceana Basílio e Dinarte de Freitas.

“Já tinha trabalhado com quase todos, com exceção do José Pedro Ribeiro e do Ricardo Carriço. Eu cresci a admirar, por exemplo, a Débora e a Oceana. Ambas encaixam muitíssimo bem nas personagens”, acrescenta o realizador.

Tal como a vida de Lucas, também as gravações foram palco de episódios caricatos. “A certo momento, o Lucas está na piscina e é salvo pela Rosa, a personagem de Joana Pais de Brito. O tamanho do Eduardo Madeira em comparação com o da atriz criou alguma dificuldade. Todos se desmancharam a rir”, relembra Miguel. 

Igualmente difícil foi o salto de trotinete que Eduardo Madeira teve que assumir, sem duplos. “O Eduardo aceitou logo criar o momento. O mais difícil era mesmo fazê-lo voar em segurança, enquanto era agarrado por cabos”, revela o realizador. 

Cadilhe garante que 2024 foi particularmente rico em comédias e acredita que o público está realmente interessado em “filmes feitos para as pessoas”.

“O público precisa de se reconciliar com cinema português porque antes era muito interessado. Quando as produções são leves, prendem e fazem rir muito, têm tudo reunido para fazer sucesso.”

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