Livros

61% dos portugueses não leram nenhum livro em 2020

É a conclusão de um inquérito, que diz haver “significativas desigualdades sociais no acesso à cultura”.
A preferência continua pelos livros físicos.

A Fundação Calouste Gulbenkian encomendou um inquérito ao Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa sobre as práticas culturais dos portugueses em 2020. Uma das principais conclusões é que, nesse ano, 61 por cento dos cidadãos nacionais não leram qualquer livro.

O inquérito foi feito a um universo de duas mil pessoas. Conclui que há “significativas desigualdades sociais no acesso à cultura”, segundo a Agência Lusa, citada pela “Renascença”. Os principais fatores de exclusão são a baixa escolaridade e os escassos recursos económicos.

Em relação à leitura, os números ficam bastante aquém, por exemplo, da vizinha Espanha. De acordo com os dados conhecidos, só 38 por cento dos espanhóis disseram não ter lido qualquer livro em 2020. Uma tendência que também se continua a verificar é a preferência pelos livros em formato físico. Só 10 por cento dos portugueses inquiridos leram um livro digital.

Os romances representam 46 por cento dos livros lidos em Portugal — é uma categoria mais popular entre as mulheres. Outro dado indica que os jovens dos 15 aos 24 anos são os que retiram menos prazer da leitura, provavelmente também por serem aqueles que mais leem para estudar ou fazer trabalhos escolares.

As conclusões do inquérito foram apresentadas nesta quarta-feira, 16 de fevereiro. Conheça mais dados sobre as práticas culturais dos portugueses no site da Fundação Calouste Gulbenkian.

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