Livros

Biblioteca de Luis Sepúlveda vai ser doada a Portugal

Os mais de três mil livros do escritor chileno, que morreu em 2020, vão mudar-se de Espanha para a Póvoa de Varzim.
O autor tinha 70 anos.

A biblioteca de Luis Sepúlveda, célebre autor chileno que morreu em 2020, vai ser doada a Portugal. Será criado um espaço de memória na Póvoa de Varzim dedicado ao escritor, adiantou à Rádio Observador o vice-presidente do município, Luís Diamantino.

Neste local será replicado, com todos os detalhes, o escritório de Sepúlveda. E foi por isso que a mulher do escritor, a poetisa Carmen Yáñez, decidiu doar o espólio do marido à cidade portuguesa que todos os anos acolhe o festival literário Correntes d’Escritas — do qual Luis Sepúlveda era um convidado regular.

Ao todo, são 3700 livros. A Rádio Observador perguntou a Luís Diamantino o porquê da escolha, já que Sepúlveda viveu em vários países. “Porque, entende a Carmen [Yáñez], Luís Sepúlveda, desde a primeira hora, esteve connosco no Correntes d’Escritas”. “Era um amigo da Póvoa e a sua última aparição em público foi no Correntes d’Escritas e portanto a Póvoa receberá, de braços abertos, a memória de Luis Sepúlveda”, adiantou.

No espólio encontram-se obras suas traduzidas em várias línguas e algumas primeiras edições. O protocolo foi assinado oficialmente esta quarta-feira, 15 de fevereiro, na abertura da edição deste ano do Correntes d’Escritas. Os 3700 livros mantêm-se em Gijón, Espanha, onde o escritor vivia — só mais tarde serão transportados para Portugal. “Sepúlveda está cá todos os anos. Vai continuar a estar na Póvoa”, conclui Luís Diamantino.

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