Em “Daninhos”, cada personagem tem direito ao seu conto. E os dez contos, além de contarem individualmente a sua história, percorrem um arco que, em conjunto, conta também uma outra narrativa.
O livro, lançado em janeiro, é o segundo do escritor Manuel Gonçalves. “Cada conto tem como título o nome do protagonista, sendo que todos os protagonistas têm em comum a sua origem, a mesma aldeia.”
A aldeia é descrita em “Xisto”, a primeira obra do escritor de 56 anos, lançada em 2014. Apesar das ligações evidentes entre os trabalhos, adverte que “ler este livro não implica o conhecimento do primeiro”. “Este é um livro independente. Quem tiver lido o primeiro livro percebe a relação, uma vez que têm a aldeia como origem comum. Quem desconhecer estes factos, vai ler na mesma dez histórias ligadas entre si.”
“Cada uma das personagens, numa circunstância específica, viu o seu presente ou o seu futuro condenado por um conjunto de circunstâncias”, explica sobre a obra. “Como alguém já me disse sobre este livro, é mais sobre as desventuras das personagens do que sobre as suas aventuras.”
Em “Daninhos”, fala-se sobre “a memória e a desconfiança”, “a mentira e a traição”. “Fala sobre situações que de alguma forma comprometem o destino de cada uma das personagens.”
“Daninhos” tem apresentação oficial marcada para domingo, 5 de fevereiro, no Lisbon Soho Club, pelas 17 horas. Está à venda nas livrarias por 14€.