Livros

Feira do Livro regressa ao Porto com 120 stands e milhares de livros à venda

O evento arranca esta sexta-feira, 28 de agosto, e prolonga-se até 13 de setembro nos Jardins do Palácio de Cristal.
A lotação máxima será de 3500 pessoas.

Este ano, as feiras do livro de Lisboa e Porto decorrem em simultâneo. Depois da inauguração na capital portuguesa (onde há dezenas de descontos imperdíveis), esta sexta-feira, 28 de agosto, começa a iniciativa nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.

É um dos primeiros grandes eventos na cidade desde que a pandemia começou. A lotação máxima será restringida a 3500 pessoas — para que se possa cumprir o distanciamento social —, por isso o recinto estará delimitado, com a ajuda de assistentes e monitores, assim como da proteção civil. Nas atividades em espaços fechados, vai ser necessário usar máscara — mas para circular pelo recinto ao ar livre não será obrigatório. Contudo, terá de a colocar sempre que se dirigir a uma banca.

A organização incentiva aos pagamentos com cartões e vai haver diversos postos de gel desinfetante espalhados pelo espaço. A circulação deverá ser feita sempre pela direita e deverão ser respeitados os acessos de entrada e saída.

Este ano, há 120 stands, de mais de 80 chancelas editoriais, alfarrabistas e livreiros, com milhares de livros à venda. Como sempre, e apesar de agora existirem mais regras e medidas de segurança, vai haver apresentações de novas obras, sessões de autógrafos, debates e oficinas infantis. Todas terão lotações limitadas.

Pela primeira vez, o recinto estende-se até à Casa do Roseiral. A Super Bock Arena — Pavilhão Rosa Mota irá acolher os debates e uma sessão especial das Quintas de Leitura.

O público vai poder folhear um livro antes de o comprar, mas antes e depois de o fazer terá de desinfetar as mãos — ou, em alternativa, vai precisar de usar luvas que serão disponibilizadas pela organização.

A edição deste ano da Feira do Livro do Porto, que se prolonga até 13 de setembro, tem como mote “Alegria Até ao Fim do Mundo”, inspirado no título do livro de Andreia C. Faria. Anabela Mota Ribeiro e José Eduardo Agualusa foram os curadores convidados.

A grande figura homenageada é a poetisa Leonor de Almeida e a imunologista e também poetisa Maria de Sousa, que morreu este ano, vítima da Covid-19. Por isso mesmo, trata-se de um evento marcado pelo poder da palavra no feminino.

O espaço cultural portuense Maus Hábitos programou uma série de concertos que irão acontecer no terreiro exterior da Casa do Roseiral. Os Concertos de Bolso vão ter atuações de Peixe, Keso, White Haus, João Pais Filipe, S. Pedro e Osso Vaidoso, entre outros.

Haverá ainda espetáculos promovidos pela associação Porta-Jazz, com uma performance de encerramento por Mário Laginha e Pedro Burmester.

Em declarações à Agência Lusa, citada pelo “Dinheiro Vivo”, as editoras e os livreiros mostraram-se confiantes e esperançosos com a adesão do público — depois de vários meses em que as vendas de livros caíram vertiginosamente — mas também apreensivos com a generalizada perda de rendimentos das famílias.

A Feira do Livro do Porto vai abrir de segunda a sexta-feira ao meio-dia, e aos sábados e domingos vai começar uma hora mais cedo. Entre domingo e quinta-feira encerra às 21h30, e às sextas-feiras e sábados só fecha a partir das 23 horas.

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