Mesmo antes da pandemia, muitas das livrarias históricas portuguesas enfrentavam grandes dificuldades e lutavam pela sobrevivência. O cenário só se agravou com tudo aquilo que aconteceu este ano. A Livraria Barata, em Lisboa, era um desses espaços — que em maio afirmou estar em risco de fechar.
Agora, uma iniciativa inédita da Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do projeto Lojas com História, juntou a Livraria Barata à Fnac. Assim, da próxima vez que passar pelo espaço da Barata, na Avenida de Roma, vai encontrar por lá vários produtos da cadeia francesa.

Os livros continuam a ser da Barata, mas a Fnac levou para o espaço discos de vinil, jogos de tabuleiro, itens de merchandising, instrumentos musicais, equipamentos eletrónicos e brinquedos, entre outros artigos, inclusive de papelaria.
Para a Barata “trata-se de uma sinergia importante no quadro de um plano mais amplo de reposicionamento da marca e do espaço da livraria, numa aposta de futuro que pretende reestruturar o negócio, aproximando-o de novos públicos e oferecendo novos produtos e atividades. Esse plano de reposicionamento, de que este modelo de negócio conjunto com a Fnac é o primeiro pilar, está a ser terminado e deverá ser conhecido no início de 2021”, dizem os responsáveis pela iniciativa.
A Fnac fará também a gestão do catálogo e da disponibilização do stock de livros, e pode trabalhar com a Barata na curadoria dos títulos que estarão disponíveis. A Livraria Barata foi fundada em 1957.