Até janeiro, a LeYa vai fechar as livrarias que tem no Porto (a Latina), em Aveiro (o espaço no Centro Comercial Glicínias) e Viseu (a Pretexto) porque as propostas de arrendamento são superiores ao valor que consegue suportar para um negócio que não é a principal atividade da empresa.
A “enorme pressão imobiliária” não deixou, então, “grande margem” ao grupo, explicou Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e diretor-geral de edições da LeYa, à “Lusa”, aqui citado pelo “Observador”.
“As três [livrarias] fecham, porque nas três seria preciso, basicamente, fazer um novo contrato de arrendamento e as condições que estavam a ser colocadas em cima da mesa não eram as mais favoráveis para o negócio do livro, ainda mais — e esta segunda parte é muito importante —, quando isso não é o negócio principal da Leya“, explicou o responsável.
As livrarias em questão não foram criadas pela LeYa, mas sim pela Oficina do Livro, que foi adquirida pelo grupo em 2008.
“A Oficina do Livro, antes de entrar na Leya, tinha livrarias, nós herdámos isso, depois também numa parceria com a Coimbra [uma editora], em tempos idos, acabámos por ter ali mais uma ou duas unidades, nomeadamente a Buchholz [em Lisboa] que se mantém e, essa sim, com bastante vigor dentro da Leya”, acrescentou Pedro Sobral.
A Buchholz não irá, então, fechar portas, visto que não é apenas uma livraria. Por ali, também há apresentações de autores, clubes de leitura e várias outras ações ao longo do ano.
“Tudo o resto, não sendo propriamente da área de edição e tendo um bocadinho aqui esta pressão dos custos mais altos imobiliários, decidimos que era altura de sair do negócio, que claramente não é o nosso.”