É uma das referências para qualquer amante da banda desenhada. Lucky Luke, o cowboy solitário que percorre o velho Oeste, está de volta a Portugal, onde a colecção editada está incompleta. Boas notícias, portanto, para quem segue as desventuras do homem que dispara mais rápido do que a sua sombra, do seu cavalo consciente e de Rantanplan, provavelmente o cão mais estúpido de sempre.
“A Noiva Lucky Luke”, publicado originalmente em 1986, por Jean Léturgie, Xavier Fauche e Claude Guylouis, chegou esta terça-feira, 24 de julho, às livrarias portuguesas. É um dos títulos que faltavam e que está agora disponível através da ASA. A editora vai publicar gradualmente partes da obra, composta por 84 livros que não chegaram na totalidade ao nosso País. Nesta edição, conta-se a história de um grupo de mulheres que parte rumo ao Oeste Selvagem, numa arriscada travessia com muitos fora-da-lei, índios e intempéries à mistura. O salvador, claro, é Lucky Luke.

Serão também editados livros de Kid Lucky, a versão do cowboy quando era miúdo. “Siga a Flecha“, o novo livro, também já se encontra à venda. É a versão politicamente correta do cowboy que em tempos usava o cigarro no canto da boca, substituído entretanto por uma palhinha. Kid Lucky nunca chegará a fumar, não carrega à cintura coldre nem pistola: em vez disso usa uma fisga, um lenço encarnado ao pescoço, uma mecha rebelde de cabelo. “Na escola de Nothing Gluch é mais rápido a fugir dos trabalhos de casa do que a sua própria sombra”, refere a nota de imprensa da editora.
Kid Lucky, à semelhança de vários títulos de Lucky Luke, não é assinado pelo criador original desta banda desenhada. Morris — o cartunista belga que na verdade se chamava Maurice de Bevere — morreu em 2001, com 77 anos. Começara os desenhos do cowboy muito antes, em 1946. O sucesso foi tal que, em 1955, René Goscinny, o criador de Asterix, começou a desenhar também os quadradinhos de Lucky Luke. Achdé — pseuónimo de Hervé Darmeton — é um dos novos autores: foi ele que desenhou o livro agora editado, “Siga a Flecha”.