Eternamente conhecido por ser o autor de “O Carteiro de Pablo Neruda”, o chileno Antonio Skármeta morreu esta terça-feira, 15 de outubro, aos 83 anos. A notícia foi avançada pela Universidade do Chile, onde foi diretor teatral e professor de literatura e filosofia, em 1973.
“A nossa comunidade universitária despede-se com pesar de Antonio Skármeta Vranicic, escritor, Prémio Nacional de Literatura 2014, licenciado em Filosofia e académico pela Universidade do Chile em múltiplas etapas da sua inspiradora carreira, que promoveu a leitura e o amor pelos livros”, referiu a instituição.
Ao longo da sua histórica carreira, Skármeta ganhou três prémios Planeta. As adaptações cinematográficas às quais esteve ligado tornaram-no conhecido pelo grande público em todo o mundo, principalmente depois da produção de 1994, dirigida por Michael Radford, “O Carteiro de Pablo Neruda”, inspirada no seu livro. O filme lendário foi um dos que estiveram mais tempo em cartaz nos cinemas de Portugal em 1995, ano em que chegou às salas.
O autor nasceu em novembro de 1940, em Antofagasta, no norte do Chile, descendente de uma família de emigrantes croatas. Antonio Skármeta licenciou-se em Filosofia e Educação, antes de dedicar toda a sua vida à escrita. “A Composição” (2003), “O Dia em que a Poesia Derrotou um Ditador” (2011) e “Não se Passou Nada” (1978) são outras das suas obras mais conseguidas. Em 1964, casou-se com a pintora Cecilia Boisier, com quem teve dois filhos, Beltrán e Gabriel.
Como realizador de cinema, produziu documentários e longas-metragens. Foi distinguido com o Prémio Georges Sadoul, em França, por “Ardente Paciência”, uma adaptação da sua obra de 1983. Em 2011, editou em Portugal “Os Dias do Arco-Íris”, o seu último romance. No ano anterior também tinha estado no nosso País para o lançamento de “Um Pai de Filme”.