Nos últimos dias, foi anunciado que “A Raridade das Coisas Banais”, livro escrito por Pedro Chagas Freitas, representaria Portugal na iniciativa Leitores da Europa. O trabalho foi descrito como sendo profundo e comovente e foi até comparado a “O Principezinho”, obra icónica de Antoine de Saint-Exupéry.
Após saber da novidade, o autor português não conseguiu evitar ficar “muito feliz”. “Foi uma surpresa boa. Muito boa, na verdade. Até porque reconhece o valor de um livro que é de longe o melhor dos que já escrevi”, conta Pedro Chagas Freitas à NiT.
É um dos escritores mais populares do País e conta com bestsellers como “Foste a Maneira Mais Bonita de Errar”, “Hasta La Vista, Vírus” (inspirado pela pandemia da Covid-19) ou “Prometo Amar”, entre outros. A sua carreira no mundo literário começou oficialmente em 2005, com a publicação de “Mata-me”. Desde então já assinou cerca de 40 livros.
Este destaque internacional é, indubitavelmente, uma grande honra para o autor, que afirma, mesmo assim, que não escreve pelo reconhecimento. “Escrevo porque não sei viver sem escrever. Mas obviamente que sabe bem”, confessa.
Admite que se sentiu lisonjeado após ver a comparação entre “A Raridade das Coisas Banais”, publicado em 2022, e “O Principezinho”, obra maior da literatura, editada em 1943. O livro de Antoine de Saint-Exupéry acompanha a história de um piloto que acaba por ficar preso no deserto e de um pequeno rapaz com cabelos dourados que surge com um pedido bastante atípico.
Ao longo da narrativa vamos acompanhando a evolução da amizade entre ambos. “A comparação honra-me imenso. Muitos leitores do livro já haviam feito essa mesma comparação, entre outras.”
Quanto às opiniões negativas, por parte de muitas pessoas nas redes sociais que criticaram a escolha da comitiva nacional, Pedro Chagas Freitas garante que não as viu, mas diz que também não está preocupado com elas. “As opiniões são livres. Ainda bem.”
Pretende focar-se, contudo, no feedback positivo, que tem “sido maravilhoso”, deixando-o sem palavras — algo raro para um escritor tão prolífico. “Só posso agradecer aos muitos milhares de pessoas que já leram o livro. São eles, os que leem e compram livros, que mantêm a literatura viva. Obrigado”, diz.
“A Raridade das coisas Banais” passa por reflexões sobre a infância e traz-nos um olhar sobre a idade adulta. A par disso, aborda temas como a morte, o amor e o próprio ser humano.