Pela primeira vez, o Porto vai receber, entre 13 e 16 de novembro, o Festival Internacional de Artes e Ópera (FIATO). Ao longo de três dias, a cidade vai acolher várias apresentações que passarão pelos transportes públicos e as suas salas mais famosas.
O evento quer ser “uma homenagem de exaltação à mulher e ao seu papel na transformação dos tempos”, afirma Teresa Nunes, diretora artística, aqui citada pelo “Público”. Além de salas como o Coliseu e o Teatro do Bolhão, a organização vai “ao encontro da população em locais emblemáticos”, nomeadamente a Estação de São Bento e o Mercado do Bolhão.
“O objetivo principal é a aproximação dos públicos à ópera, levar este género artístico junto dos portuenses e ter uma programação variada onde a ópera se reinvente e se transforme, muitas vezes, noutra coisa”, realça.
O FIATO arranca pelas 21 horas de 13 de novembro, no Coliseu do Porto, com a opereta “Maria da Fonte”. Organizada pelo Quarteto Contratempus, é uma apresentação satírica e cómica que também contará com a participação da Orquestra Artave e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos.
No dia seguinte, o destaque vai para “Manifesto Nada”, da Inestética Companhia Teatral. A peça é descrita como “uma ópera-manifesto contra e a favor de tudo e decididamente sobre nada”. As partituras de António Sousa Dias pretendem levar os espectadores numa “viagem possível neste universo, cortejando a desconstrução, flirtando com a colagem, namoriscando a irreverência, num piscar de olhos a diferentes expressões musicais contemporâneas ou próximas do movimento DADA e onde a lógica não é a regra”.
Fora das salas, poderá assistir à “Ópera à Moda do Porto”, que decorrerá em vários horários e dias na estação de comboios de São Bento, no centro comercial Via Catarina, num autocarro da STCP estacionado na Praça D. João I e na estação de Metro da Trindade.
A programação completa pode ser consultada através do site do Festival Internacional de Artes e Ópera.