Música

Authentica. O guia perfeito para o último grande festival do ano em Portugal

Conte com concertos de grandes artistas como James e The Kooks. Também há alguns talentos mais recentes e nomes nacionais.
Tem um alinhamento multifacetado.

2024 foi um grande ano para os festivais em Portugal, com o Rock in Rio Lisboa, NOS Alive e Kalorama a encherem os maiores recintos da Grande Lisboa. A Norte, porém, ainda há um último evento para se despedir do ano em grande: o Authentica, que decorre em Braga entre esta sexta-feira, 6 de dezembro, e sábado, 7.

Ao contrário de muitos outros festivais, onde há um claro cabeça de cartaz, no Authentica torna-se difícil escolher os principais nomes do dia. No entanto, um dos espetáculos mais aguardados tem lugar a 6 de dezembro: Luísa Sonza sobe ao palco principal pelas 0h20.

A performer de 26 anos vai apresentar “Escândalo Íntimo”, editado a 29 de agosto de 2023. O álbum teve 8,5 milhões de streams num só dia e é um dos trabalhos mais intimistas da cantora.

Começou por ser um trabalho onde Sonza abordava um relacionamento amoroso hipotético. No entanto, à medida que foi trabalhando nos temas, percebeu que precisava de criar um disco onde falasse sobre um relacionamento consigo própria. “Por isso é que todos os vídeos se passam numa fazenda, que retrata o meu subconsciente. Depois coloquei lá todas estas coisas como traumas, expectativas, amores, enfim. Antes de nos relacionarmos com alguém, temos de nos relacionar connosco mesmos. É uma mistura de sonhos, pesadelos, sentimentos e vontades”, conta à NiT.

Estas temáticas são apresentadas através de diferentes estilos musicais, como o bossa nova, música popular brasileira e funk. Também não faltam as baladas, como “Penhasco”, que, garante Luísa, vão comover todos os membros do público.

Ainda este ano, Sonza passou pelo Rock in Rio Lisboa, algo que também pode ser dito dos Lukas Graham que, coincidentemente, também vão estar no palco principal do festival no mesmo dia, subindo antes da brasileira — o espetáculo do grupo dinamarquês começa pelas 22h30 e acaba à meia-noite.

O maior hit foi mesmo “7 Years”, lançado em 2015. Nove anos depois, a faixa onde o vocalista fala sobre a infância e a morte do pai — um tema recorrente na discografia — conta com dois mil milhões de streams no Spotify.

No festival vão estar a apresentar “4 (The Pink Album)”, lançado no ano passado. Entre as 11 canções, houve algumas que se destacaram entre o grande público, como “Wish You Were Here”, uma colaboração com Khalid, e “Share That Love”, ao lado do rapper G-Eazy. Se for semelhante ao espetáculo do Rock in Rio, porém, é garantido que irão tocar temas de todos os outros projetos, como o single “Love Someone” (outra balada) ou “Mama Said”, com um ritmo mais agitado.

Para os fãs de música portuguesa, a proposta perfeita no primeiro dia é Nininho Vaz Maia, que começa a atuar pelas 21 horas. Neste momento é mentor no “The Voice Portugal” ao lado da Sara Correia, Sónia Tavares e Fernando Daniel. Ao longo da carreira, já esgotou os Coliseus, Campo Pequeno, Super Bock Arena e, mais recentemente, a MEO Arena, onde vai dar dois espetáculos em março.

Antes, passa pelo Authentica, onde deverá apresentar “Aparentemente”, o primeiro de dois volumes que compõem o seu novo trabalho de originais. A primeira parte foi lançada em novembro de 2023 e a segunda será editada em breve, mas ainda não há uma data concreta. No primeiro dia também poderá ver Lucas de Freitas, que abre o palco principal pelas 19h40. 

O segundo dia já conta com alguns nomes cujas carreiras começou há décadas, nomeadamente os James. A banda britânica formada em 1981 teve os seus maiores êxitos durante a década de 1990, entre os quais “Lose Control”, “Sit Down”, “Laid”, “Say Something”, “Born of Frustration” e “Sometimes”.

Isto não quer dizer que a banda tenha abrandado com o decorrer dos anos. Ainda este ano lançaram o álbum duplo “Yummy/Pudding”, que tem um total de 24 canções e mais de uma hora de duração do puro indie pop que os popularizou. 

“Butterfly”, “Anyone But You”, “Close Enough”, “Mine to Lose”, “Activist Song”, “Tell Me Something” e “Deliver The Dawn” foram alguns dos temas que se destacaram entre os fãs e que comprovaram, mais uma vez, que os James são uma das maiores bandas de Manchester — e do Reino Unido.

Os The Kooks são outras das bandas que sobem ao palco do festival Authentica a 7 de dezembro, com início marcado para as 21h25. Ali vão apresentar faixas de “10 Tracks To Echo In The Dark”, o mais recente projeto que foi lançado em 2022 — os fãs estão há anos a pedir novo material.

Também é muito provável que seja um espetáculo em tom de celebração, visto que fizeram recentemente 15 anos desde que se estrearam no cenário musical com “Inside In/Inside Out”. O álbum é agora multiplatinado e deu ao público êxitos como “Naive”, “Sofa Bed” e “Seaside” — que consagraram os The Kooks como um dos pilares do indie pop do Reino Unido.

Nos anos seguintes, continuaram a evoluir. O segundo álbum, “Konk”, estreou no topo das tabelas britânicas, reforçando o estatuto da banda com faixas como “Always Where I Need to Be” e “Shine On”. A capacidade do grupo de produzir músicas que combinavam energia vibrante com letras introspetivas ajudou a solidificar a base de fãs.

Ao longo da carreira também demonstraram uma habilidade notável para se reinventarem. Álbuns como “Junk of the Heart” e “Listen” exploraram novas influências, incluindo soul, funk e música eletrónica, ampliando o seu alcance artístico sem perder a essência que os tornou populares. Em 2018, o álbum “Let’s Go Sunshine” reafirmou a sua relevância, oferecendo um som contemporâneo e amadurecido.

Na despedida do festival, também poderá ver Cian Ducrot, Padre Guilherme e André Salvador. Paralelamente, o Authentica vai ter um palco secundário ao qual foi dado o nome de Urban, ou seja, foca-se mais em música urbana e hip-hop.

No primeiro dia, os convidados são Allexia, Domingues, Piruka e MC Cabelinho. A 7 de dezembro, pode dançar ao som dos ritmos de Leo2745, Chefin, L7NNON e, por último, Maskarilha.

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