A banda Pussy Riot tem é estranha a polémicas, sobretudo pela oposição constante dos seus membros ao governo de Vladimir Putin. Desta vez, fora da Rússia, Aysoltan Niyazov, uma das performers do coletivo, foi detida esta segunda-feira, dia 30 de maio, durante um concerto do grupo da Croácia.
A artista e ativista foi presa pela polícia croata devido a informações da Interpol. De acordo com a organização, Niyazov desviou fundos do banco central do Turquemenistão — crime que alega não ter cometido.
Segundo a agência Reuters, a integrante da banda, que tem dupla nacionalidade, da Rússia e do Turquemenistão, corre o risco de ser extradita para o país asiático.
“As autoridades croatas sabem que o ativismo de Aysoltan Niyazov a coloca em risco de sofrer abusos graves, caso seja extraditada para o Turquemenistão”, diz Julia Hall, membro da Amnistia Internacional. “As autoridades de Zagreb devem recusar o pedido do Turquemenistão para que seja extraditada, libertando-a de imediato.”
A detenção de Aysoltan Niyazov aconteceu durante um concerto da digressão que as Pussy Riot estão a fazer pela Europa com o objetivo de alertar para a guerra na Ucrânia e angariar fundos. A banda russa tem ainda duas datas marcadas para Portugal, cujas receitas serão entregues a um hospital ucraniano, situado em Kyev.