Em fevereiro de 2023, um artista de afrobeats acusou Bad Bunny de plágio e de não ter dado o devido crédito numa das suas canções. Mais de dois anos depois, o caso segue para tribunal e a ação judicial já foi formalmente apresentada.
Está em causa a faixa “Enséñame a Bailar” que, segundo Mr. Eazi — fundador da editora emPawa Africa — usou ritmos originais de Joeboy, artista ligado à empresa, sem qualquer autorização. Durante nove meses após o lançamento de “Un Verano Sin Ti”, de Bad Bunny, Eazi tentou que o cantor porto-riquenho desse os devidos créditos, mas nunca obteve resposta. Decidiu, por isso, avançar com o processo.
“A equipa da emPawa Africa tentou resolver esta questão de forma amigável desde maio do ano passado, através das nossas equipas legais,” afirmou o empresário em comunicado. “Mas a intenção da Rimas Music \[editora de Bad Bunny] é claramente apropriar-se descaradamente do trabalho de jovens criadores africanos, em benefício próprio e sem qualquer atribuição.”
A 2 de maio deste ano, Dera — produtor da faixa “Empty My Pocket” — apresentou queixa judicial, alegando que a equipa de Bad Bunny bloqueou todas as tentativas de creditar corretamente tanto Joeboy como ele próprio, avança a “Billboard”.
“Não é comum que um artista do calibre e sofisticação de Bad Bunny use a música de outra pessoa sem permissão e depois ignore os esforços dessa pessoa para resolver o problema,” afirmou o advogado Robert A. Jacobs. “Uma resposta assim é especialmente surpreendente quando o uso não autorizado está presente em toda a obra do artista. Infelizmente, é esse o caso aqui.”
A equipa do artista porto-riquenho argumentou anteriormente que os ritmos tinham sido obtidos com autorização da Lakizo Entertainment, mas Dera nega essa versão. “Deixaram claro que a única opção para defender os direitos dos nossos artistas seria recorrendo aos tribunais”, escreveram os advogados de Dera.
Leia o artigo da NiT e conheça melhor a história de Bad Bunny, que vai dar dois concertos no Estádio da Luz em maio de 2026 e que usa a música como arma política.