“Estamos entusiasmados e com muita pica.” Tal como muitos fãs, também os Capitão Fausto aguardam ansiosamente pela atuação no Kalorama. O grupo vai-se apresentar esta sexta-feira, 1 de setembro, no palco MEO, o principal do evento. E revelaram à NiT alguns detalhes sobre a performance.
“Já temos a nossa estratégia bem definida. O concerto vai ter menos de uma hora, por isso, temos de ser o mais explosivos possível”, contam-nos durante uma pausa no estúdio onde gravam o próximo álbum — o projeto mais recente, “Capitão Fausto & Orquestra das Beiras”, foi editado no ano passado.
É a primeira vez que o grupo atua no MEO Kalorama, que começou em 2022. “Uma apresentação num festival de verão sabe-nos sempre muito bem e é um dos altos do nosso ano”, confessam. As expectativas estão elevadas, mas um bom espetáculo “só é possível com muita garra”, e é isso mesmo que prometem.
Outro bónus de atuarem no festival na sexta-feira são as bandas que vão dar concertos naquele mesmo dia. Os Capitão Fausto estar entusiasmados com a possibilidade de assistirem às atuações de nomes como Aphex Twin e Arca. “Também vamos para lá descobrir novos artistas”, realçam.
Os ensaios começaram esta quarta-feira, 30 de agosto, e a setlist já está bem definida. A duração da performance não irá ultrapassar os 60 minutos, o que influenciou bastante as decisões da banda portuguesa. “Como será um espectáculo mais curto, vamos fazer uma espécie de best off nosso. Vamos tocar as canções que as pessoas mais gostam de ouvir e aquelas que nós mais gostamos de interpretar.” Estão a preparar um concerto “explosivo, eficaz, com muita genica e energia”, asseguram.
Um bom espetáculo, contudo, só é possível com colaboração da audiência — e os Capitão Fausto não se mostram preocupados com a receção dos espectadores. “O público de Lisboa que costuma ir a estes concertos de música alternativa tem sempre muita energia. Além disso, muitas pessoas acabaram de vir das férias e querem descontrair após terem voltado ao trabalho”, explicam.
Esperam, contudo, encontrar no Kalorama um cenário diferente dos concertos a solo. “Num festival, o público é mais difícil de agarrar, porque nem toda a gente está lá para nos ver.” É por isso mesmo que vão apostar em canções mexidas e “cantaroláveis”. “Os instrumentos estão afinados, vamos deixar-nos de merdas e tocar o melhor que podemos”, brincam.
Apesar do ambiente ser diferente, o ritual pré-concerto será o mesmo. “Vamos estar todos juntos, com os auriculares postos, enquanto vemos o público e tudo a funcionar perfeitamente. Ficamos concentrados, comemos um croquete, fumamos um cigarro e assim que a equipa técnica nos disser para irmos para o palco, vamos dar um bom concerto.”