Chris Brown apresentou um processo judicial contra a Warner Bros Discovery, na terça-feira, 21 de janeiro, acusando a empresa de difamação. O rapper norte-americano alega que, no documentário intitulado “Chris Brown: uma história de violência”, é retratado como um agressor sexual.
Lançado em outubro de 2024, o filme inclui o depoimento de uma dançarina que acusa Brown de a ter drogado, agredido e violado durante uma festa em 2020, a bordo de um iate pertencente a Sean Combs, conhecido como P.Diddy, em Miami. Embora a artista tenha levado o caso às autoridades, o processo acabou por ser arquivado.
A equipa de advogados de Brown apresentou, no tribunal superior de Los Angeles, documentos que acusam a Warner Bros e a produtora Ample Entertainment de “promover e divulgar informações falsas na sua busca por visualizações, cliques, downloads e lucros, em detrimento” do bom nome do cantor.
“O senhor Brown nunca foi considerado culpado de qualquer crime relacionado com sexo, mas este documentário afirma, de todas as formas possíveis, que é um violador em série e um abusador sexual”, alega um dos advogados, Levi McCathern, citado pela BBC, referindo-se a incidentes passados do rapper.
Contudo, Brown acumula uma série de processos relacionados com violência. O caso mais mediático ocorreu em 2009, quando agrediu a sua ex-namorada, a cantora Rihanna, antes da cerimónia dos Grammys. A artista apareceu com o rosto desfigurado e afirmou ser vítima de violência doméstica. Na altura, o rapper assumiu a culpa pelo incidente.
Dois anos depois, foi acusado por uma modelo de a ter agredido num casino em Las Vegas, mas o processo foi arquivado por falta de provas. Em 2016, o rapper foi novamente processado, desta vez pelo seu ex-agente, que alegou ter sido agredido com socos na cabeça e no pescoço. As partes chegaram a um acordo fora do tribunal em 2019.
Além disso, a sua ex-namorada, Karrueche Tran, apresentou uma queixa à polícia, alegando que o rapper a ameaçou de morte, o que resultou numa ordem de restrição para que não se aproximasse dela. Em julho do ano passado, quatro fãs acusaram Brown e a sua equipa de os “atacarem e espancarem brutalmente” após um concerto.
O documentário aborda várias destas alegações, incluindo uma investigação em Paris, onde o artista é acusado de violação. Chris Brown reafirma a sua inocência e revelou que parte do montante da indemnização que reclama à Warner Bros será destinada a vítimas de violência sexual.