Os quatro membros dos Coldplay estão a ser processados pelo antigo empresário da banda, Dave Holmes. No entanto, sabe-se agora o que motivou a queixa. Segundo a revista “Variety” nos documentos apresentados, Holmes alega que os artistas britânicos não cumpriram com o contrato que tinham assinado.
O antigo manager levou o caso ao Supremo Tribunal do Reino Unido e acusa os Coldplay de não terem pago a comissão acordada relativamente ao 10.º e 11.º álbuns da banda. Em causa estão cerca de 12 milhões de euros.
Conforme o processo, os Coldplay receberam um adiantamento de 35 milhões de libras (40,7 milhões de euros) pelo 10.º álbum ainda não editado e 30 milhões de libras (34,7 milhões de euros) pelo 11.º e 12.º álbuns, sobre os quais Holmes diz que deveria ter recebido uma comissão. Ao abrigo do contrato anterior, o manager tinha recebido entre 8 e 13 por cento dos lucros, que cobria o 8.º e 9.º álbuns da banda, “Everyday Life” e “Music of the Spheres”.
Além de gerir a logística para a preparação e gravação dos álbuns, desde o desenvolvimento de orçamentos e organização de sessões de gravação em Londres, Aspen e Jamaica, até à ligação com o produtor musical Max Martin e licenciamento de amostras, Holmes diz que também trabalhou nas digressões da banda, incluindo as que aconteceram nos Estados Unidos da América, Austrália e Ásia.
O manager alega que, além de renegar uma extensão de contrato, a banda tentou despromovê-lo para chefe de digressão. Por isso, pede à justiça que declare que o contrato que abrange o 10.º e o 11.º álbuns é válido e que ordene o pagamento das comissões pendentes. A título subsidiário, pede uma indemnização ou “o pagamento de uma taxa razoável” pelo trabalho que realizou até à data nos discos. Os seus advogados avaliaram o seu pedido em mais de 10 milhões de libras (11,65 milhões de euros).
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