Bastou um videoclipe para que o Hessische Landesmuseum, em Wiesbaden, na Alemanha, passasse a receber milhares de visitantes num curto espaço de tempo. A responsável foi Taylor Swift. O museu tornou-se um dos mais procurados após o lançamento do vídeo de “The Fate of Ophelia”, no qual a artista recria, numa das cenas, a pintura a óleo de Friedrich Heyser.
A faixa é, até agora, o único single de “The Life of a Showgirl”, o 12.º álbum da cantora norte-americana, editado a 3 de outubro. É um dos projetos musicais lançados este mês que merece destaque.
O disco bateu um recorde logo na primeira semana: vendeu cerca de quatro milhões de cópias nos Estados Unidos. O feito pertencia, até agora, a “25”, de Adele, que registou 3,479 milhões de cópias no mesmo período.
O álbum inclui 12 faixas, uma delas com o mesmo nome do disco, “The Life of a Showgirl”, gravada com Sabrina Carpenter. A cantora acompanhou Swift em vários concertos da digressão “Eras Tour”, que passou por Portugal em maio de 2024. A produção ficou a cargo de Max Martin e Shellback, que já tinham colaborado com Taylor Swift em trabalhos como “Reputation”.
Florence + The Machine
Outubro também assinalou o regresso dos Florence + The Machine, que lançaram um novo disco a 31 de outubro, alguns meses antes de subirem novamente ao palco principal do NOS Alive. De “Everybody Scream”, já eram conhecidos alguns temas como “One Of The Greats” e “Sympathy Magic”.
O projeto marca o regresso do grupo após uma pausa de Florence Welch. A vocalista interrompeu a carreira por motivos de saúde, depois de sofrer um aborto em 2023. Durante o processo de recuperação, mergulhou em temas como o misticismo espiritual, bruxaria e horror folclórico, elementos que se revelaram essenciais para a sua estabilidade emocional.
O álbum foi escrito e produzido ao longo dos últimos dois anos pela própria artista, que também contou com colaborações de Mark Bowen (IDLES), Aaron Dessner (The National) e Mitski.
Lily Allen
Allen foi a protagonista de um dos álbuns mais comentados do ano. Em “West End Girl”, aborda, através de metáforas e letras, a relação tumultuosa com o ator David Harbour, da série “Stranger Things”.
Editado a 24 de outubro, assinala o regresso da cantora à música depois de sete anos de ausência. Durante esse intervalo, dedicou-se, entre outras atividades, à venda de fotografias dos pés na plataforma OnlyFans. O novo disco foi gravado em poucas semanas, no final de 2024, e resultou de um processo criativo intenso e pessoal.
Segundo a artista, o projeto é uma fusão entre realidade e ficção, com base em experiências reais que foram adaptadas para o universo da narrativa. Musicalmente, combina elementos de pop, eletrónica e R&B, com o humor característico de Allen.
Tame Impala
Os Tame Impala anteciparam o lançamento de “Deadbeat” com três singles: “Loser”, “End of Summer” e “Dracula”, este último com entrada direta no Hot 100 da Billboard, a tabela mais importante dos Estados Unidos. No novo projeto, Kevin Parker inspira-se na cena rave da Austrália Ocidental e no club-psych, que junta ao seu estilo musical habitual.
O álbum foi concebido em vários locais nos últimos anos, embora a maior parte das gravações tenha decorrido em Fremantle, terra natal do músico, e no estúdio Wave House, em Injidup, na Austrália Ocidental, durante o primeiro semestre de 2025.
The Last Dinner Party
“From The Pyre” é o segundo álbum de estúdio do quinteto britânico The Last Dinner Party. O projeto será apresentado no Coliseu dos Recreios a 8 de fevereiro do próximo ano.
“Este disco é uma coleção de histórias, e o conceito de álbum-como-mito é o que as une. The Pyre é, em si, um lugar alegórico de onde estas narrativas nascem — um espaço de violência e destruição, mas também de regeneração, paixão e luz”, dizem os artistas, vencedores de dois Brit Awards, em comunicado.
O novo álbum segue uma linha mais sombria e orgânica. As intérpretes descrevem-no como “um pouco mais cru, mais terráqueo” do que o disco de estreia, “Prelude to Ecstasy”. Entre as faixas que ilustram esta mudança estão “This Is The Killer Speaking”, o primeiro single, e “The Scythe”, o segundo.
Carminho
O novo álbum de Carminho, “Eu Vou Morrer de Amor ou Resistir”, foi lançado a 10 de outubro. O tema de avanço, “Balada do País Que Dói”, nasceu a partir de um poema de Ana Hatherly.
Apesar disso, a canção teve origem numa peça criada com João Pimenta Gomes para a inauguração do Museu de Arte Contemporânea do CCB. “A peça não tinha estes contornos todos. Eu quis desdobrar a canção para o meu disco”, explicou à NiT. No processo, adicionou instrumentos, texturas e novas camadas.
O álbum aposta na experimentação, com destaque para elementos como o sintetizador de voz e novas melodias. Ainda assim, mantém-se fiel à identidade do fado tradicional.
Diogo Piçarra
O ano de 2025 marca uma década desde o início da carreira de Diogo Piçarra. Para assinalar o momento, lançou “D≡Z”, disponível desde 10 de outubro nas lojas e plataformas digitais.
O projeto reúne 10 artistas emergentes que reinterpretam 10 temas marcantes do percurso do cantor. Cada faixa apresenta uma nova produção, letra e a colaboração de Diogo Piçarra.
Bandidos do Cante, Carolina de Deus, Diana Lima, Edmundo Inácio, Latte, Neyna, Peculiar, Soarito, Zarko e Satiro foram os convidados escolhidos pelo músico, que quis celebrar este marco ao lado de novas vozes e diferentes perspetivas artísticas. Cada artista teve liberdade para escolher o produtor e recriar o tema a seu gosto.
The Black Mamba
A 24 de outubro, os The Black Mamba lançaram “Lost in London”, um álbum que concretiza um objetivo antigo da banda. O disco foi gravado nos lendários Abbey Road Studios, em Londres, onde trabalharam artistas como The Beatles, Pink Floyd, Radiohead e Kate Bush.
Neste projeto, o grupo revisita algumas das faixas mais emblemáticas dos seus quatro álbuns anteriores, agora apresentadas num registo live on tape e intimista.
As novas versões incluem temas como “It ain’t you”, “Ride The Sun”, “She”, “Slow It Down”, “Grey Eyes”, “DFA”, “Love Is Dope”, “Sweet Amsterdam” e “Crazy Nando”.

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