Música

Da melancolia dos Death Cab for Cutie à fúria dançante de The Postal Service

A apresentação no Kalorama foi um dois em um: duas banda icónicas do início dos anos 2000 em apenas um concerto.
Foi um turbilhão de emoções.

O concerto dos The Postal Service + Death Cab for Cutie no palco secundário San Miguel do Kalorama foi quase como uma daquelas promoções irresistíveis com as quais esbarramos no supermercado. No centro de tudo isto está Ben Gibbard, fundador de ambas as bandas.

Os primeiros a atuar foram os Death Cab for Cutie, que iniciaram o espetáculo com as cordas incrivelmente poderosas de “The New Year”. Em palco, homens de negro, como se voluntariamente se ocultassem para colocarem na linha da frente tudo aquilo que a plateia queria: a sua música.

E a música veio toda ela de “Transatlanticism”, tocado na íntegra esta sexta-feira. O disco editado em 2003 — na verdade, a atual tour celebra os 20 anos de existência — fala sobre um amor perdido do vocalista e toda a dor que isso lhe trouxe.

Gibbard, contudo, não se deixou consumir por ela. “Lisboa é uma das cidades mais bonitas do mundo. Como estão?” Os gritos dos fãs foram resposta suficiente a esta pergunta. Durante 40 minutos, Gibbard tocou, dançou e interagiu com o público, numa presença viva e animada em palco, com a ocasional pausa para salpicar os temas de notas pessoais. 

 “Lá [nos EUA] escondemos o sexo e transformamo-lo em algo de que devemos ter vergonha. Isso pode ser triste, mas inspirou a próxima canção. É sobre fazer sexo num carro, algo que eu costumava fazer quando era novo”, revelou antes de interpretar “We Looked Like Giants”.

A primeira parte do espetáculo encerrou com “A Lack of Color”. O palco ficou vazio e só voltou a encher-se cerca de 15 minutos depois, tempo suficiente para os The Postal Service prepararem as armas e operarem uma mudança de look. O preto deu lugar ao branco dos outfits, na aguardada troca operada por Gibbard.

Da melancolia dos Death Cab For Cutie, saltou-se para a irrequietude dançável dos The Postal Service, com o ponto alto no momento em que Jenny Lewis interpretou “Nothing Better”. Terminada a viagem por “Give Up”, houve ainda espaço para uma homenagem que o público agradeceu: uma amgnífica cover de “Enjoy the Silence”, dos Depeche Mode.

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