Apesar de ser pública a sua doença, a notícia da morte de Pedro Gonçalves, dos Dead Combo, deixou esta semana o País em consternação.
Aos 51 anos, o músico perdeu a luta contra o cancro e deixou o mundo musical mais pobre, como se comprovou pela imensidão de mensagens e partilhas de pessoas de todos os setores nacionais, que se seguiram à divulgação da sua morte.
O músico da dupla que ganhou nome além fronteiras deixou um marco durante a sua vida e fez questão de que também a sua despedida fosse em festa. Segundo um comunicado assinado pelo manager do grupo, José Morais, divulgado esta terça-feira, “por vontade do próprio” não haverá cerimónias fúnebres relacionadas com o falecimento do músico.
Ao invés, “a homenagem e a celebração da vida e da extraordinária obra do Pedro Gonçalves será feita com música e aberta a todos; amigos, fãs e todos os seus admiradores”.
Será portanto um encontro ou evento, sendo para breve a divulgação da data, o local e o tipo de evento que será realizado, “para que todos tenhamos oportunidade de participar”, adianta o manager. E conclui: “Gratos por toda a solidariedade e carinho transmitidos em milhares de mensagens, deixamos o compromisso de nos voltarmos a encontrar, em breve, para celebrar o Pedro Gonçalves”.
O músico estava doente há vários anos e o seu estado de saúde agravou-se. Durante estes meses de novembro e dezembro, tinham agendado vários concertos naquela que seria a digressão de despedida. Acabaram todos por ser cancelados há um mês.
Pedro Gonçalves e Tó Trips revelaram que iam terminar com a banda no final de 2019. A tour de despedida acabou por ser afetada múltiplas vezes por causa da pandemia.
A dupla formou a banda em 2003. Desde aí que lançaram seis álbuns: “Vol. I” (2004); “Vol. II – Quando a Alma não é Pequena” (2006); “Guitars From Nothing” (2007); “Lusitânia Playboys” (2008); “Lisboa Mulata” (2011); “A Bunch of Meninos” (2014); “Dead Combo e as Cordas da Má Fama” (2016); e “Odeon Hotel” (2018).