Música

Eles transformam hits pop ao som de uma orquestra. Vão dar um concerto em Lisboa

Ricardo Soler e Catarina Clau são os intérpretes da Orquestra Pop Portuguesa, que atua na Sala Tejo da Altice Arena a 27 de maio.
Ricardo e Catarina no primeiro concerto

É um trio improvável aquele que é formado entre Ricardo Soler, Catarina Clau e o sueco Ulf Wadenbrandt. O resultado é uma mescla de estilos que dobram e transformam alguns dos maiores êxitos da pop em temas interpretados pela orquestra guiada pelo maestro sueco.

Juntos, com os mais de 40 músicos, formam a Orquestra Pop Portuguesa, o conjunto que se prepara para levar mais de duas dezenas de temas à Sala Tejo da Altice Arena, a 27 de maio. Não é, contudo, o primeiro espetáculo.

Esse aconteceu a 13 de janeiro, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, que Ricardo e Catarina consideram ter sido uma estreia de arromba. Ambos cantores multifacetados, já passaram por todos os corredores e palcos. Ricardo, 37, foi segundo classificado no concurso “Operação Triunfo” em 2007, quarto no Festival da Canção de 2008 e, pelo caminho, mergulhou no teatro musical, nas novelas e mais recentemente na publicidade.

Já Catarina, 32, fundiu o canto e a dança, passou também pelo teatro musical e tentou também a sua sorte nos Festivais da Canção, em 2010 e 2014, mas também no “The Voice Portugal” em 2019. Hoje, aposta na sua carreira a solo, mas também neste tipo de “projetos inovadores”.

“Ligaram-nos há cerca de meio ano e explicaram-nos o que queriam fazer. Achei super interessante porque nunca tinha cantado com uma orquestra”, diz Catarina. Apesar de terem feito um pouco de tudo, Ricardo esclarece que o que os apaixona é mesmo a pop e, também por isso, era o convite ideal.

Para o maestro sueco Ulf Wadenbrandt, a experiência era mais familiar e trazia consigo alguns arranjos que tinha “guardados na gaveta”. Em conjunto com Ricardo e Catarina, idealizou uma lista de temas que foram passados para o papel. O grosso do trabalho foi feito em casa, a solo.

“O primeiro ensaio, e quando digo ensaio, é quando temos efetivamente toda a gente reunida no mesmo local, foi a dois dias do concerto (risos) Foi bastante em cima porque é difícil juntar tanta gente”, confessa Ricardo. “É preciso estudar muito para que, quando nos juntamos, seja preciso apenas limar a coisa.”

Não é isso que vai acontecer nesta segunda edição, para a qual já terão uma semana completa de preparação. Mas também para Ricardo e Catarina esta era uma primeira experiência.

“Acho que as canções só têm a ganhar com este formato. Ganham sempre imensa força”, nota Ricardo, que vê na Orquestra Pop Portuguesa uma ferramenta para “desmistificar a ideia de que as orquestras são uma seca”.

A incursão no Casino Estoril provou que o formato funciona. “Estava toda a gente de pé. O maestro tem uma forma de estar muito peculiar, puxa pelo público, pede palmas, salta. As pessoas sentiram-se muito à vontade com isso, divertiram-se muito”, explica Catarina.

São mais de 20 os temas que compõem a lista da sessão “Grandes Hits do Pop”, com presença dos clássicos inevitáveis, de “Viva la Vida” dos Coldplay a “All You Need Is Love” dos Beatles, passando pelo tema dos Queen que abanou o Casino Estoril, “Show Must Go On”.

Para Ricardo, o primeiro concerto contou com um tema muito especial que fez questão de incluir na lista. “A minha irmã fazia anos nesse dia e quando éramos miúdos costumávamos cantar a ‘All That She Wants’ dos Ace of Base”, conta. “Nunca pensei que poderia cantá-la ao vivo, foi incrível. Senti-me outra vez um miúdo no carro dos meus pais.”

Há também uma incursão por temas nacionais. Vai ouvir canções de Salvador Sobral, Trovante e até Xutos & Pontapés. “As canções portuguesas funcionaram muito bem precisamente porque as pessoas não estão à espera de as ouvir tocadas por uma orquestra”, nota Catarina.

Entre o primeiro e este espetáculo, pouco ou nada vai mudar no alinhamento. “Queremos que quem não tenha visto o primeiro possa ter a mesma experiência”, conclui Ricardo.

O espetáculo está marcado para as 21 horas do dia 27 de maio, um sábado, na Sala Tejo da Altice Arena. Os bilhetes estão à venda na Blueticket e os preços começam nos 20€.

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