Música

Eu.Clides no MEO Kalorama: “Vai ser uma viagem pelas emoções”

É um dos artistas revelação do País. Durante o espetáculo no festival vai apresentar muitos dos temas do álbum "Declive".
Vai atuar no palco San Miguel.

Eu.Clides atua esta sexta-feira, 1 de setembro, no palco San Miguel, no MEO Kalorama. Por enquanto, apenas sente entusiasmo — algo que sabe que vai mudar poucos minutos antes de subir ao palco. No entanto, a experiência que já tem fez com que deixasse de sofrer por antecipação.

“Tenho muita confiança no concerto que vamos fazer. Está muito estável e há pouco que pode dar errado, o que me traz segurança”, conta à NiT. Ficou muito feliz por receber o convite para atuar no festival, mas não ficou “mega surpreendido”.

“Mais cedo ou mais tarde ia acabar por tocar neste festival, porque se alinha com o meu tipo de projeto”, diz. O lineup do MEO Kalorama tem nomes de sonoridades mais alternativas, algo no qual Eu.Clides se enquadra. “Também acabo por ter música abrangente”, garante.

Isto reflete-se no espetáculo “híbrido” que vai apresentar. Terá uma vertente mais orgânica, proporcionada pelos instrumentos como guitarra e percussões, e um lado mais eletrónico. “É um caminho que tenho andado a explorar nos últimos tempos”, confessa.

É esta simbiose entre ambos os estilos que marca o seu álbum “Declive”, que foi editado a 10 de março deste ano. Eu.Clides inspirou-se em parábolas bíblicas e, através delas, conseguiu contar inúmeras histórias. Além disso, foi quase como uma espécie de terapia para o artista. “Ajudou-me a lidar com muitas das minhas crises pessoais dos últimos anos. Despejei isto tudo no disco”, descreve.

Apesar de invocar a sua própria experiência, apresenta os temas de forma “a que muitas outras pessoas também se possam identificar”. Em termos de sonoridade, mistura, lá está, instrumentos e batidas eletrizantes. “Fui buscar muito a guitarra clássica, porque foi com ela que comecei a dar os meus primeiros passos na música”, recorda.

Maior parte dos temas que compõem a setlist vêm de “Declive”. Eu.Clides mal pode esperar para apresentar “24” no espectáculo de cerca de 45 minutos. “É o que mais gosto de tocar. É um tema mais dramático e muito calmo, e ao vivo, tem sempre muita piada, embora fique apreensivo porque nunca sei se as pessoas estão com pré-disposição para ouvirem algo assim”, aponta o artista de 27 anos.

No entanto, é esta mesma “viagem pelas emoções” que marcam os concertos do cantor. “Os meus espetáculos vão a muitos lugares e levo os espectadores numa viagem. Tanto tenho temas mexidos quanto outros mais calmos”, assegura.

Antes de subir ao palco, vai fazer aquilo que sempre faz antes de uma performance: “Orar com a equipa”. Quando a apresentação terminar, revela que gostava de assistir ao concerto de Aphex Twin.

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