Mais de 80 músicos, cinco salas e a icónica guitarra portuguesa. Assim se compõe o primeiro Festival de Guitarra Portuguesa, que decorre entre 7 e 8 de março, em Lisboa, e presta homenagem a Carlos Paredes.
A iniciativa celebra o centenário do guitarrista português com concertos, palestras e a exibição de documentários. As atividades decorrem nas três salas do Cinema São Jorge, bem como nas plateias do Teatro Capitólio e do Variedades. Com um foco total no instrumento tradicional, o festival terá uma segunda edição em 2026, desta vez dedicada ao lisboeta Armandinho, assinalando os 80 anos da sua morte.
A programação arranca a 7 de março, às 18h30, com um espetáculo de abertura no São Jorge, dirigido pela Sinfonietta de Lisboa. O concerto contará com a participação do maestro Vasco Pearce de Azevedo e do guitarrista Paulo Jorge, que interpretarão “Mata de Lobos”.
O festival reúne mais de 80 músicos, entre eles José Manuel Neto e Pedro Caldeira Cabral, que atuam a 8 de março. O primeiro, que já acompanhou Camané, subirá ao palco do Cinema São Jorge, enquanto Pedro Caldeira Cabral atuará no Capitólio.
A programação inclui ainda palestras, como “António Chainho entrevistado por Moema Silva”, que explorará a carreira do guitarrista alentejano.
Outra convidada de destaque é Luísa Amaro, a primeira mulher a compor para guitarra portuguesa. Aos 60 anos, a companheira de Carlos Paredes apresentará “Sons de Guitarra — 100 anos de Carlos Paredes”, num recital duplo no Capitólio, também a 8 de março. A artista será ainda convidada a partilhar memórias sobre o seu trabalho e as colaborações com Carlos Paredes, falecido aos 79 anos.
Durante os dois dias, haverá também espaço para explorar a construção de guitarras, com uma oficina orientada pelo mestre Acácio Rodrigues e Rita Marcelino.
Toda a programação pode ser consultada online. O preço dos bilhetes começa nos 20€ e podem ser comprados online.