Ao mais leve indício do mega êxito “Busy Earnin'”, o Kalorama deixou de ser um festival para se transformar numa desvairada discoteca ao ar livre. A proeza coube aos Jungle, que nesta sexta-feira à noite subiram ao palco do festival lisboeta para colocar a plateia na palma da mão.
Colocar toda uma plateia pode parecer tarefa fácil com o tema certo no gatilho. Mais difícil é fazê-lo durante 60 minutos, após um dia repleto de concertos, onde nem as pernas mais cansadas conseguiram resistir à vibração.
Bastaram um par de temas para que os Jungle revelassem a sua versatilidade, num ziguezague do rap, à soul e à eletrónica. Uma amálgama reunida numa simbiose perfeita entre a plateia e os protagonistas incansáveis.
E não raras vezes, foram os gritos do público a abafar o som das colunas, entusiasmados com a interação calorosa. “Lisboa, muito obrigado por nos virem ver. Amamo-vos muito”, atirou Josh Lloyd-Watson, o vocalista.
As versões de estúdio ganharam no Parque da Bela Vista novas roupagens, com improvisos que surpreenderam até os seguidores mais fanáticos, casos das aberturas de “Heavy California” e “Beat 54”.
Quando chegou a altura de apresentarem “I’ve Been in Love”, não era preciso um censo aos presentes para constatar o óbvio: havia amor entre a plateia e os Jungle.
E se até à reta final do espetáculo se manteve o espírito clubber, assim que “Coming Back” saltou das colunas, a viagem levou a plateia até à praia, graças às bolas insufláveis gigantes deixadas à solta e à mercê da vontade do público.
O alinhamento acabou com alguns dos temas favoritos da vasta legião de fãs dos Jungle: “Don’t Play”, “All of the Time”, “Holding On”, “Good Times” e “Keep Moving” que encerrou o concerto.
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