Uma hacker informática declarou-se culpada de roubar música de alguns dos maiores artistas da atualidade como Coldplay, Shawn Mendes e Bebe Rexha, revelou a “BBC” este domingo, 5 de janeiro. Skylar Dalziel, de 22 anos, foi condenada a 21 meses de prisão, com pena suspensa por 24 meses. Terá lucrado cerca de 50 mil euros ao vender as faixas online, revela a Polícia da Cidade de Londres. Richard Partridge, um representante do Ministério Público, afirmou no tribunal de Luton que a jovem britânica, natural de Winchester Gardens, “usou a música dos artistas para obter dinheiro, vendendo-a na dark web”.
“Roubar material protegido por direitos de autor para obter ganho financeiro próprio é ilegal. Isto compromete o trabalho dos artistas e os meios de sobrevivência das pessoas que colaboram com eles para criar e lançar a sua música”, afirmou o agente Daryl Fryatt, da Unidade de Crimes Contra a Propriedade Intelectual da Polícia de Londres.
Dalziel obteve as canções ao aceder ilegalmente a contas de armazenamento na cloud e que pertenciam aos artistas. Os roubos vieram a público quando Sony Music Entertainment descobriu que uma conta pertencente à cantora Upsahl tinha sido comprometida. Em junho de 2021, denunciou o caso à Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
A IFPI e a Associação da Indústria Discográfica da América identificaram uma conta num fórum online que vendia música inédita de vários artistas e ligaram essa conta a Dalziel. Segundo a polícia, 40 faixas estavam a ser comercializadas na dark web.
A 9 de janeiro de 2023, Dalziel foi detida e, na sua casa, foram encontrados três discos rígidos que continham exatamente 291.941 faixas. Também encontraram uma folha de cálculo que mostrava que tinha vendido as canções a clientes, algo que foi depois comprovado quando verificaram as suas contas bancárias e da PayPal. Entre abril de 2021 e janeiro de 2023 fez 50 mil euros.
Além da pena de prisão, foi condenada a 180 horas de trabalho comunitário não remunerado. A sentença “envia uma mensagem clara de que temos os meios e as ferramentas para localizar criminosos informáticos e responsabilizá-los pelos seus atos”, acrescenta Fryatt.
