Música

Já pode comprar o kit festivaleiro do mediático Rock no Rio Febras

A edição deste ano está marcada para 27 de julho e traz uma banda internacional. A entrada será gratuita.
É um fenómeno.

O tom ligeiro e bem-humorado com que a organização do festival minhoto valeu-lhe uma enchente em 2023. Na edição deste ano, marcada para 27 de julho, são esperados mais de 10 mil festivaleiros e haverá kits exclusivos para os fãs.

“Pareceu-nos que 13 de maio era uma boa data para aparecer”, disse a organização para anunciar a venda dos primeiros kits do festival. Mais uma vez recorreu a um trocadilho  (neste caso  com as aparições de 13 de maio em Fátima) para dar a conhecer a novidade.

O kit inclui uma T-shirt exclusiva, copo, fita porta-copo, mochila e acesso à área reservada do recinto. Custa 12€ e estará à venda a partir desta quinta-feira, 16 de maio.

O Rock no Rio Febras acontecerá em Briteiros São Salvador, concelho de Guimarães, e contará com a atuação da banda britânica The Subways. O cartaz deste ano promete inclui também várias bandas portuguesas a anunciar. Os passes de acesso estarão disponíveis no site do festival a partir do primeiro dia de junho e estarão limitados a dois por pessoa.

À semelhança das edições anteriores, o evento deste ano mantém o cariz solidário. A entrada é gratuita e todas as receitas revertem para a Casa do Povo de Briteiros – Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), que organiza o evento.

“Esperamos este ano proporcionar as condições para acolher muitos daqueles que não pudemos receber no ano passado, e redimirmo-nos em grande. O conceito do festival vai manter-se, dando oportunidade a todos de conhecer boa música – local e não só”, acrescentam. Em 2023, passaram pelo recinto cerca de cinco mil pessoas.

A ameaça que deu origem ao fenómeno

Numa publicação a 2 de julho, a organização revelou que foi contactada por advogados, em representação da Rock World Lisboa — entidade que organiza o Rock in Rio Lisboa —, e que foi “veementemente sugerido” que o nome fosse alterado. “[A empresa] teme a confusão que a semelhança entre a designação dos dois eventos pode provocar no cidadão incauto”, revelam.

“Acusam-nos ainda de ‘concorrência desleal’ (não é piada). Desta forma, foi-nos veementemente sugerido que alterássemos o nome do festival, sob pena de sermos alvo de ação legal”, notam. Novamente em tom de brincadeira, os fundadores do Rock in Rio Febras pedem desculpa “a todos os que possam ter ficado baralhados”, isto “apesar da óbvia diferença entre os dois eventos”.

E acrescentam: “Um tem uma alegria contagiante, uma parte solidária, e as melhores bandas e DJ do mundo; o outro acontece em Lisboa. Se por acaso cobrássemos bilhete, certamente nos disponibilizaríamos para devolver a quantia paga.”

Assumidamente imbuídos pelo “espírito de ‘queremos lá saber do nome’”, os organizadores decidiram “aceder ao pedido” que foi “vigorosamente feito”. “Assim, vimos anunciar que o festival de Rock que se realiza nas margens do Rio Febras será, de hoje em diante, denominado ‘Rock no Rio Febras’. Ou talvez ‘Rock near (but not in) Rio Febras’. Quiçá ‘Rock around Rio Febras’. Ainda há alguma indecisão, mas asseguramos o nosso público de que estamos a trabalhar no assunto com a seriedade que o momento exige.”

O tom bem-humorado com que os responsáveis responderam à ameaça legal tornou-se viral nas redes sociais. Naturalmente, o interesse pelo evento cresceu exponencialmente. O Rock in Rio caiu e ficou a ser conhecido por Festival de Rock Que Acontece Perto do Rio Febras. O que se perdeu no nome, ganhou-se na fama. O incidente tornou a pequena festa da freguesia de Briteiros S. Salvador, no concelho de Guimarães, nacionalmente conhecida — e os pretendentes aumentaram exponencialmente.

 

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT