Música

José Bacelar: perfecionista, amante de country e um dos 8 finalistas do “The Voice”

O concorrente esteve a falar com a NiT sobre a sua participação no reality-show e a sua educação musical.
O cantor de 19 anos é um dos oito finalistas

É um dos oito finalistas do “The Voice Portugal”. José Bacelar, de 19 anos, nunca imaginou tal cenário. Era um jovem tímido e ficava pouco confortável sempre que cantava em público. Agora, isso parece uma realidade distante.

O concorrente começou a ter formação musical, no Conservatório da Madeira, aos 7 anos, foi aí que começou a ter aulas de piano e guitarra clássica. Foi assim que o interesse por esta arte começou a brotar.

“A minha mãe, Bernadette, sempre fez questão que aprendesse música. No entanto, só mais tarde comecei a cantar e a aperceber-me de que gostava realmente de o fazer”, explicou à NiT. “Foi nessa altura que o meu avô Nicolau, um grande apreciador de country, pois viveu nos EUA durante muito tempo, mostrou-me grandes intérpretes deste género e passei a interessar-me ainda mais”.

Com influências como Elvis Presley, Johnny Cash, Bob Dylan, The Beatles e, em Portugal, Jorge Palma, Rui Veloso ou Miguel Araújo, começou a dedicar cada vez mais tempo a este mundo.

A família do jovem sempre o apoiou neste interesse, mas o avô, que morreu há dois anos, desempenhou um papel especial na educação de José. A participação no reality show tem servido como uma homenagem. “O primeiro cantor que o meu avô me pôs a ouvir foi Johnny Cash, com a canção ‘I Walk The Line’. Decidi então explorar mais sobre o country, desde as vertentes mais populares e básicas até às várias fusões que dela derivam”, explicou, reforçando o amor que tem pelos clássicos.

“Adoro música dos anos 60 e 70, sinto que têm um ritmo e uma sonoridade muito característica e que me encanta. Algo que valorizo muito neste estilo e em alguns cantores, como Kenny Rogers, Willie Nelson, ou o próprio Johnny Cash, é a forma simples, mas bela como contam histórias e fazem com que sejam interessantes e emocionantes”, descreve.

Apesar de ter nascido em Penafiel, José viveu na Madeira durante 10 anos. Infelizmente, não guarda memórias muito positivas da década passada na ilha, uma vez que foi vítima de bullying devido a um problema de visão congénito. Atualmente vive em Marco de Canaveses com a mãe, a avó materna, o tio e a namorada, o padrasto e um primo de 1 ano e meio. Não tem uma relação próxima com o pai, nem a esse lado da árvore genealógica.

Quando regressou ao continente frequentou a Escola Secundária de Paredes, onde teve a oportunidade de fazer novas amizades, de estar mais perto da família, mas também para se dedicar mais à música.

Atualmente divide a atenção entre o curso de Direito na Universidade Lusíada – Norte e a participação no “The Voice Portugal”. Tem surpreendido todos com performances de canções como “Can’t Help Falling in Love” de Elvis ou “Quero que vá tudo pro inferno” de Roberto Carlos.

Em 2021, já tinha participado no “Got Talent Portugal”, onde passou nas audições com boas apreciações dos jurados, contudo, inscreveu-se novamente num reality show pelas portas que se podem abrir.

“Inscrevi-me no “The Voice Portugal” porque queria divulgar o meu talento com o público e adquirir mais aprendizagens e experiência”, explicou-nos, acrescentando que é também uma forma para combater a “timidez”.

Até ao momento, descreve que participar no programa tem sido uma “experiência incrível”. “Sinto-me feliz sempre que subo ao palco e isso ajuda-me a desenvolver enquanto músico. Também tem sido fantástico conhecer outros colegas muito talentosos que criam um ambiente muito agradável entre todos”, diz.

O cantor escolheu António Zambujo como mentor. Era algo que fazia sentido, já era fã do trabalho dele e identifica-se com o estilo do artista. “Tenho aprendido muito com ele”, confessa. “Todas as dicas que me dá são grandes ajudas. Tento sempre fazer o que me diz, não apenas numa única canção. Aplico sempre os seus conselhos e tenho atenção para não cometer os mesmos erros”, admite.

Antes das atuações, com a ajuda do cantor de “Pica Do 7”, escolhe as faixas que acredita que melhor se adequam à sua personalidade. “Dedico todo o tempo que ache necessário à prática das faixas, até me sentir confortável a cantá-la. Sou muito perfecionista, ensaio várias vezes até gostar do resultado”, descreveu.

Este perfecionismo está a deixar José cada vez mais perto da vitória do “The Voice”. No passado domingo, 3 de dezembro, foi um dos escolhidos para fazer parte dos oito finalistas do programa.

A distinção é um “orgulho” para o jovem cantor, mas é apenas um passo em ambições mais grandiosas. “Depois do programa, o meu maior sonho é continuar no mundo das artes e partilhar o meu trabalho com as pessoas”, confessou.

Ambiciona ter uma carreira a solo e já tem uns originais escritos, apesar de “nunca os ter mostrado a ninguém”. “Não consigo descrever especificamente o género que componho, é uma fusão de todas as minhas influências, desde o country, ao rock, ao blues. Acho que é um estilo muito próprio”, afirma.

Apesar do resultado de “The Voice”, uma coisa é certa para José: “Nunca vou deixar de cantar. Quero fazer música de qualidade e que o público aprecie”.

O “The Voice Portugal” é transmitido na RTP1, todos os domingos, às 21h15. Relembre também as conversas com os antigos concorrentes que também foram destacados além-fronteiras.

Recorde as entrevistas com outros concorrentes do programa. A cantora de rua do Porto, Ana Amorim, João Duarte, que regressou aos concursos de talentos após já ter participado no Factor X, em 2014, onde foi adversário de Fernando Daniel e Cristiano Calisto, uma sensação do TikTok. Descubra também a história de Herineu Precindo o licenciado em finanças que fugiu da Ucrânia para vir cantar para Portugal.

Carregue na galeria para conhecer todas as séries que chegaram à televisão e às plataformas de streaming em dezembro.

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