A génese do Kalorama não está nas ativações e brindes de grandes marcas, mas sim na música e convívio entre o público. Quem o diz é Diogo Marques, o diretor da promotora Last Tour, responsável pelo festival que regressa ao Parque da Bela Vista, em Lisboa, entre 19 e 21 de junho. “Vai ser mais uma edição incrível e já está tudo preparado para receber todos com muita cor e dinamismo”.
Para o evento, o recinto também foi equipado com tudo o que foi necessário para se tornar mais acessível aos festivaleiros com mobilidade reduzida e “para todo o tipo de públicos”. Pelo caminho, tornou-se “um dos mais económicos a nível nacional” e houve uma atualização na tabela de preços para que o dinheiro “não fosse um entrave para as pessoas virem”.
Diogo Marques acrescenta: “Também podem pagar os bilhetes às prestações para não ser um peso muito grande.”
Embora a música esteja em destaque, há outras vertentes do entretenimento e cultura que vão encher o parque lisboeta, como as exposições de street art. “A parte visual vai ser um elemento surpreendente do festival.”
Os palcos terão ainda um design diferente tendo em conta a hora do dia. Durante a tarde vão ter um aspeto e, à noite, serão completamente diferentes.
Este ano, o cartaz conta com nomes como Pet Shop Boys, Father John Misty “que vai ser maravilhoso, tal como os The Flaming Lips”, Azealia Banks, Róisín Murphy e os Scissor Sisters, que “não vêm a Portugal há 12 anos e que nos são muito queridos”. “As canções deles passaram anos nos tops”, acrescenta.
No último dia, não pode perder as atuações de Damiano David, “que anda nos tops mundiais” e Jorja Smith, que “vai voltar a trazer ao País um concerto maravilhoso”.
Já no palco Panorama, o responsável destaca os espetáculos de 2ManyDJs e Kelly Lee Owens, que “vão atrair milhares de pessoas para aquele nosso bosque encantado”, onde reina a música eletrónica. No total, o evento tem quatro palcos: MEO, Panorama, Lisboa e San Miguel.
“Cada vez mais queremos que o festival seja para todos e essa mensagem vê-se no cartaz. Temos dias distintos para cada tipo de público. A curadoria musical foi feita para trabalhar multidões diferentes no dia a dia”, diz Diogo Marques, de 43 anos.
O diretor do Kalorama, que se realiza em Portugal desde 2022 — num formato importado de Madrid —, acredita que o festival sempre se focou principalmente na música e no convívio e sabe que os festivaleiros vão, certamente, adicionar novos artistas às playlists, tal como tem acontecido nos anos anteriores.
“Muitos dos que passam por aqui são descobertas que, passado pouco tempo, esgotam salas pelo País fora. Somos um festival que vem ensinar e dar uma maior cultura musical e apresentar artistas tradicionais como headliners e muitos nomes emergentes”, realça.
Embora o festival esteja quase a arrancar, Diogo Marques ainda não sabe exatamente quantas pessoas passarão pelo Parque da Bela Vista. “Desde a pandemia da Covid-19 que os clientes deixam os bilhetes para a última hora. As lotações muitas vezes quase que duplicam na última semana de venda e todos os dias têm estado a crescer muito.” Na edição de 2024, passaram cerca de 100 mil pessoas pelo Parque da Bela Vista ao longo dos três dias.
O objetivo do Kalorama, porém, não é lotar o recinto. Afinal, não pretende ter 60 mil pessoas por dia que, depois, mal se conseguem mexer. “Vamos manter o festival confortável para nos certificarmos de que conseguem chegar facilmente de um palco ao outro”, garante.
Para assegurar o conforto dos clientes, o diretor também pede que os visitantes não se esqueçam do protetor solar e da água. “Vai ter muitas horas de sol e prevêem-se dias de muito calor”, avisa.
O evento é apenas um dos vários planos da Last Tour, a promotora, para 2025. Até ao final do ano, a empresa vai ter mais de 30 concertos. A 15 de julho, por exemplo, a protagonista será Kylie Minogue, que atuará na MEO Arena. A mesma sala de espetáculos — a maior do País — também vai receber uma atuação de Shawn Mendes a 28 de agosto.
“Temos desde concertos de 300 pessoas a festivais muito grandes”, explica.
Paralelamente, a Last Tour vai lançar projetos noutras áreas além da música e que “vão ter um impacto a nível nacional”. Diogo Marques ainda não diz o que são, mas garante que serão surpreendentes.
“Vamos trazer muita cultura e entretenimento aos portugueses”.
Os bilhetes para o festival ainda estão à venda online e nos locais habituais. A entrada diária custa 55€ e o passe geral está disponível por 105€.