Música

No Kalorama, mataram-se saudades no triunfante regresso dos LCD Soundsystem

O espetáculo maior do segundo dia do festival foi uma autêntica masterclass de James Murphy.
Foi uma masterclass.

Eram os homens da noite. Ou, melhor dizendo, James Murhpy era (e foi) o homem da noite. “Chegou a altura”, atirou do palco logo no arranque. E o Kalorama parou para ouvir os seus LCD Soundsystem esta sexta-feira, 30 de agosto, 

Do palco chegava um jogo de luzes impressionante como ainda não se tinha visto este ano no Parque da Bela Vista. Encadeada por esta bola de espelhos gigante, o concerto prosseguiu a todo o gás e passou por temas com “I Can Change”, “You Wanted a Hit”, “Tribulations” e “Tonite”.

Ao longo de todas estas canções, pouco ou nenhum tempo houve para respirar, entre transições imperceptíveis e uma vontade contagiante de dar mais daquilo que os fãs dos experientes norte-americanos queriam.

Em nenhum tema fica tão bem patente a alma dos LCD como em “Dance Yrself Clean”. A voz de James conquista por mérito próprio o protagonismo, numa harmonia hipnotizante com os sintetizadores. Mais uma audível ovação. O público estava sedento.

Infelizmente, a noite estava prestes a acabar, mas não sem um momento de emoção. “Muito obrigado. Sentimo-nos muito gratos por tocar aqui. Atuamos por cá há mais de 20 anos. O nosso primeiro concerto foi no Lux”, notou Murhpy sobre a longa história do grupo em Portugal, onde tem uma fiel legião de fãs. E a fidelidade, neste caso, é bem correspondida.

Era tempo de “New York, I Love You but You’re Bringing Me Down”, no esperado crash emocional depois de uma setlist bem recheada. Faltava, claro, “All My Friends”, que fechou a grande atuação do segundo dia.

Mas mais do que uma simples transação, a noite dos LCD Soundsyste (mais uma) em Portugal serviu para rever amigos e partilhar memórias de uma banda que vimos crescer aqui à nossa frente.

Carregue na galeria e veja as fotografias do imponente espetáculo.

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