Música

Do “Rock em Stock” ao “Café com Leite”: a carreira lendária do radialista Luís Filipe Barros

O radialista esteve à conversa com Rui Barros, o filho e diretor da NiTfm, e falou sobre a carreira nas maiores estações do País.
É um dos grandes nomes da rádio.

A voz de Luís Filipe Barros é uma das mais marcantes da história da rádio em Portugal. Nos anos 80, foi responsável por vários programas onde passava temas que eram um verdadeiro fenómeno da cultura pop — e que se mantêm nas playlists até aos dias de hoje.

Um dos seus maiores trabalhos foi no “Rock em Stock”, um formato que começou a apresentar na Rádio Comercial em 1979 — e que levava o melhor deste género musical até à geração mais nova. “Comecei a descobrir bandas e nasceu o rock português, o Rui Veloso, os UHF, Heróis do Mar, GNR”, conta a Rui Barros, o filho e diretor da NiTfm.

O impacto do radialista foi homenageado esta terça-feira, 15 de abril, com o Prémio Igrejas Caeiro, que desde 2013 distingue uma personalidade da rádio em Portugal. Para celebrar o feito, Luís Filipe Barros foi entrevistado pelo próprio filho.

Ao longo da conversa, revisitaram toda a carreira do Berros e falaram sobre os programas de maior sucesso, como o “Café com Leite”, também da Rádio Comercial. “Foi a loucura total no País. Em seis meses demos cabo do António Sala, e ainda hoje os programas da manhã continuam nesse registo”, revela.

O radialista começou o seu percurso na Rádio Universidade, em Lisboa, no final da década de 60. Em 1971, ganhou uma nova casa: a Rádio Renascença. Por lá fez vários programas, mas há um que destaca: “O Tempo Zip”, ao lado de nomes como Joaquim Furtado. O convite foi feito por Fialho Gouveia, que lhe disse que “estava a fazer um barulho incrível a passar Janis Joplin”. A estadia por lá, contudo, não foi longa. Nesse mesmo ano, teve de ir para a Angola com a tropa, onde passou três anos.

Em janeiro de 1974, voltou à Renascença e, mais uma vez, deu voz a vários programas de autor onde passava, lá está, as bandas que eram um sucesso naquela época — como os Yes ou os Supertramp. Estávamos, afinal, “na altura do rock progressivo”.

Oiça agora a entrevista completa entre pai e filho.

 

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