LET'S ROCKCarl Cox, Marco Carola, Black Coffee e Boney M. Pelo Pacha Ofir, em Esposende, passaram alguns dos maiores artistas de dance music e foi considerado, durante mais de duas décadas, como um dos espaços noturnos mais icónicos do País. Há sete anos que a casa estava encerrada, mas vai finalmente reabrir este sábado, 5 de julho, com um novo nome, nova gerência e decoração.
O espaço, que mudou de nome para UPS, passou a pertencer a uma sociedade formada por Pedro Oliveira, João Rodrigues, Pedro Lobo, Nuno Pontes e Marco Ribeiro. Embora seja a primeira vez que trabalham em conjunto, muitos dos empresários já tinham colaborado em trabalhos anteriores.
Nuno Pontes e João Rodrigues, por exemplo, são sócios há muitos anos e donos de outros clubes como o Bicau. São também os fundadores do Camada, restaurante conhecido pelas francesinhas. Já Pedro Oliveira, Pedro Lobo e Marco Ribeiro colaboraram noutros negócios, também ligados às casas noturnas, nomeadamente o Tribuna e a discoteca Património.
“Chegou-nos como Pacha, através do José Vieira, que era o antigo dono e criador. Ele queria que o espaço fosse novamente renovado e aberto e fez-nos o convite para ficarmos com o projeto”, conta Pedro Oliveira à NiT.
O empresário estava à procura de alguém em quem confiasse “a 100 por cento” e que tivesse as capacidades para liderar a discoteca. Decidiram abraçar a oportunidade e, em homenagem ao conceito antigo, batizaram-na de UPS — que era o nome dado à zona VIP do Pacha.
“Pareceu-nos ser desafiante, mas nós somos empresários workaholics”, brinca o cofundador. “Queixamo-nos de que fazemos coisas a mais, mas faltava-nos algo deste género.” Afinal, trata-se de um espaço emblemático do distrito de Braga e, ainda hoje, “é a maior discoteca em Portugal”.
“É uma casa com 30 e tal anos que já passou por muitas gerações. É um orgulho reabrir esta casa”, confessa. No seu auge, o Pacha conseguia receber cerca de 10 mil pessoas e estava sempre lotado. Agora, a capacidade foi diminuída para 3.800 clientes. Além disso, deixou de ter sete pistas para ter apenas a principal e a zona exterior. “Hoje em dia, não saem 10 mil pessoas para um único sítio porque há muita concorrência. Mas caso tenhamos que passar para 5.000 ou 6.000 pessoas, teremos essa possibilidade no futuro.”
As obras arrancaram em abril e acabaram no final de junho. Desde então, foram investidos “centenas de milhares de euros, talvez ainda mais”, comenta Pedro Oliveira, sem revelar um valor exato.
A nível da decoração, encontraram tudo como era antigamente. Souberam, então, que tinham de trazer a discoteca para a década de 2020. As paredes brancas foram trocadas e, agora, reina o terracota, o estilo boho marroquino, as palmeiras, madeiras e barro. “Reflete o espírito que queremos viver lá dentro”, descreve. No UPS também encontra um restaurante que abre pelas 21 horas.
Deixar o carro antes de ir dançar não vai ser um problema, visto que haverá sete mil lugares de estacionamento privados e à borla. Quando finalmente entrar pelas portas da nova discoteca, vai ouvir um pouco de tudo.
“Não temos limitação nenhuma no tipo de música. Numa casa de verão desta dimensão, é impossível ter, atualmente, apenas um estilo”, explica. Tanto poderá haver uma noite de house com um nome internacional como um espetáculo de um artista do funk brasileiro. Ali também decorrerá a BRESH, que é a maior festa de música latina do mundo, a 30 de agosto.
Embora a inauguração seja já este sábado, será apenas a 12 de julho, que a UPS vai receber os primeiros artistas convidados. Nessa noite, poderá ver um espetáculo da dupla espanhola Mëstiza.
O foco da casa será na temporada de verão, até ao início de setembro. No entanto, isto não significa que as portas não abram nos restantes meses. “A sala principal é tapada e podemos ter lá eventos como Passagens de Ano, Carnaval e Halloween.”
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