Morreu esta segunda-feira, 4 de novembro, Joaquim Pinto, um dos fundadores dos Mão Morta e o primeiro baixista do grupo. A notícia foi revelada pela própria banda através de uma publicação no Instagram. O artista estava internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
“É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de Joaquim Pinto. Fundador e ideólogo dos Mão Morta, que formou com Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal há exatamente 40 anos, no início de novembro de 1984, e seu membro honorário desde 1990, quando deixou de exercer as funções de baixista permanente. Desde então aparecia esporadicamente e de surpresa num concerto ou outro, a tocar o seu ‘Aum’. Haveremos de nos voltar a encontrar em Berlim! Até lá, fica em paz, irmão”, lê-se na homenagem do conjunto.
O grupo iria partir este ano numa digressão para celebrar os tais 40 anos de existência, mas todas as datas foram reagendadas para 2025. O adiamento foi provocado pela necessidade de uma operação cirúrgica do vocalista Adolfo Luxúria Canibal e que obriga o artista a repouso absoluto.
A série de concertos foi anunciada em abril de 2024. A banda publicitou-os como uma celebração do seu 40.º aniversário e dos 50 anos do 25 de abril. Foi partilhado nessa altura que os concertos seriam mais do que simples concertos. À atuação dos músicos irão juntar-se conferências “com politólogos, filósofos e historiadores, relacionadas com as temáticas do espetáculo”.
Esta digressão irá contar com novos temas inspirados em autores da época do Estado Novo. Eles que viveram o fascismo e a ditadura, encontraram na “censura a motivação para criar arte”. Entre a lista de inspirações encontramos José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira, José Afonso e José Carlos Ary dos Santos.
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