As acusações de violação contra P. Diddy e Jay-Z foram arquivadas na sexta-feira, 14 de fevereiro. Jane Doe (pseudónimo) retirou a queixa que havia apresentado, na qual alegava ter sido abusada sexualmente aos 13 anos, em 2000. No documento judicial, não foram especificadas as razões para a desistência do processo. Assim, os advogados decidiram arquivar o caso de forma voluntária e irrevogável, o que invalida a sua reabertura no futuro.
Desde a acusação, apresentada em dezembro do ano anterior, Jay-Z negou todas as imputações e procurou ser excluído do processo. Após a confirmação do arquivamento, o rapper manifestou-se nas redes sociais através de um comunicado divulgado pela sua empresa de entretenimento, Roc Nation.
“Hoje é uma vitória”, começou por afirmar, referindo-se ao “conto fictício” criado pela mulher e pelos seus advogados. “As alegações chocantes, falsas e frívolas foram retiradas. Este processo civil não tinha fundamento e nunca chegaria a lugar algum”, continuou.
Jay-Z também sublinhou que o trauma vivido pela mulher, Beyoncé, os filhos e os familiares “nunca poderá ser ignorado”. “Que a verdade prevaleça para todas as vítimas e para aqueles que foram falsamente acusados”, acrescentou o artista.
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Em dezembro, Jane Doe decidiu incluir o nome de Jay-Z no processo que já havia instaurado contra P. Diddy, alegando que ambos a violaram quando tinha apenas 13 anos. O caso remonta a 2000, ano em que a jovem recebeu um convite para uma after party da entrega de prémios da MTV, em Nova Iorque.
Doe tentou entrar na gala, mas, sem bilhete, abordou vários motoristas na tentativa de conseguir um ingresso. Um deles, que alegou trabalhar para Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, convidou-a para a festa, que se realizou numa residência. A jovem aceitou e, ao chegar ao local, assinou um acordo de confidencialidade.
A vítima relatou que começou a sentir-se tonta e desorientada após consumir uma bebida. Ao procurar descansar num quarto, foi surpreendida pela entrada de Jay-Z e Diddy. Segundo a acusação, Shawn Carter, o verdadeiro nome de Jay-Z, removeu-lhe a roupa, segurou-a e violou-a, enquanto Sean Combs assistia, antes de também cometer o mesmo crime.
P. Diddy foi detido a 16 de setembro, em Manhattan, Estados Unidos, sob acusações de tráfico sexual e agressão. Desde então, a lista de crimes que lhe são atribuídos tem aumentado significativamente. As mais recentes acusações referem-se a violações e agressões que alegadamente ocorreram em festas organizadas nos Hamptons. Uma das vítimas é um homem que afirma ter sido agredido sexualmente pelo artista em 1998, quando tinha apenas 16 anos, durante um dos famosos eventos de Diddy, conhecidos como freak-offs.
Atualmente, Sean Combs encontra-se detido à espera de julgamento, previsto para começar a 5 de maio de 2025. O artista é acusado de tráfico sexual e extorsão, segundo a agência Reuters. As alegações envolvem homens e mulheres com idades entre os 9 e 38 anos, que relatam ter sido drogados e forçados a atos sexuais durante as festas organizadas pelo músico. Os encontros eram supostamente filmados e utilizados para chantagear as vítimas.