Música

Na nova festa de Lisboa só entram (e trabalham) mulheres — e Blaya vai ser a estrela

O primeiro evento aconteceu no final do ano. O próximo é já a 31 de agosto, no Top Floor.
Há uma enorme liberdade. Fotografia: @iamflashbeck.

Uma festa só para mulheres, com atuações de mulheres e uma equipa constituída apenas por mulheres, desde as bartenders às seguranças. É este o conceito da Goddess, um novo projeto português cuja nova iniciativa decorre já este sábado, 31 de agosto, no Top Floor, situado no Parque das Nações, em Lisboa.

A marca foi criada por Sandra, de 26 anos, e Sónia, de 33. O primeiro evento decorreu a 28 de dezembro do ano passado, no Titanic Sur Mer, e ultrapassou todas as expectativas das fundadoras. Desde então, o conceito tem-se tornado mais popular e a cada festa recebem mais pessoas. “Sabíamos que era algo que iria interessar e acabou por correr muito bem”, contam à NiT. Também já estiveram no Tokyo, numa edição matiné, e no Palácio do Grilo.

A Goddess surgiu “da necessidade de existirem espaços seguros e livres para mulheres se expressarem e viverem momentos únicos longe de assédio e abordagens não solicitadas”. As fundadoras sabiam que esta é uma iniciativa popular pela Europa fora, mas não havia muitas propostas em Portugal. “Encontrámos duas que eram geridas por mulheres, mas não eram exclusivas. Quisemos integrar este conceito aqui.”

O nome pretende enaltecer e simbolizar o “empoderamento das mulheres e a energia feminina” que querem transmitir com cada festa. Não é um trabalho fácil, visto que encontrar o melhor local é sempre uma tarefa demorada. Muitas vezes, os espaços não têm uma equipa só de mulheres, especialmente no que diz respeito aos seguranças. “É um meio liderado por homens e pensam que as mulheres não conseguem fazer o mesmo”, lamentam.

A 31 de agosto, estará em destaque o AfroFunk Rave. O cartaz conta com Umafricana, Fvbrícia, S4DO e Blaya, a protagonista da noite. “Já tínhamos vontade de a convidar para um DJ set há algum tempo. Fazia todo o sentido trazê-la porque ela transmite muito este sentimento de empoderamento e autoconfiança. Ela toca principalmente temas de funk, então apostámos nesse conceito e nos ritmos africanos.” Ao longo das edições, os estilos musicais das festas — a 30 de junho tiveram uma iniciativa do Pride com muitos êxitos da pop. 

O evento no Top Floor arranca à meia-noite e dura até às seis da manhã. Neste momento, há vários pacotes disponíveis. O bilhete singular custa 15€ e os duplos estão disponíveis por 24€. Já os grupos de quatro pessoas podem pagar 40€.

A próxima edição já está a ser planeada. Embora ainda não haja datas, Sandra e Sónia revelam que decorrerá em Lisboa, tal como as festas anteriores.

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