Após mais de 15 anos, os Oasis reuniram-se finalmente em palco para a nova digressão esgotada. O primeiro espetáculo da banda de Manchester decorreu no Principality Stadium, em Cardiff, no País de Gales. Os fãs iam preparados para a emoção de ver os irmãos Gallagher juntos, de novo, em palco. O que não esperavam é que o serão se tornasse ainda mais emocionante, com uma sentida homenagem a Diogo Jota.
O jogador de futebol português faleceu, aos 28 anos, na madrugada de 3 de julho, após um acidente de viação em Zamora, Espanha. Fazia parte do Liverpool, clube britânico que foi campeão da Premier League 2024-25.
Durante a atuação de “Live Forever”, canção do disco de estreia da banda, “Definitely Maybe”, lançado em 1994, foi projetada uma imagem do futebolista português nos ecrãs gigantes do estádio.
Naturalmente, o momento foi registado por vários fãs que assistiam ao espetáculo e rapidamente as imagens se espalharam pelas redes sociais. Em algumas das fotografias e vídeos, também se veem bandeiras de Portugal entre o público.
Outro artista emblemático que também elogiou o atleta foi Robert Plant, o vocalista dos Led Zeppelin. “Que perda trágica. O desvanecer de uma luz muito brilhante. Obrigado pela tua magia, Diogo”, escreveu no X (antigo Twitter).
Diogo Jota morreu num acidente de carro onde também estava o irmão, André Silva, de 25 anos. O funeral dos irmãos realiza-se este sábado, 5 de julho, na Igreja Matriz em Gondomar. Leia também o artigo da NiT sobre o casamento de Diogo Jota.
Oasis homenageou Diogo Jota na música Live Forever https://t.co/Y9dB1bMXV1
— Eduardo Carvalho 💭 (@eduardocarvalh0) July 4, 2025
O regresso dos Oasis
Desde 2009, quando a dupla se desentendeu nos bastidores de um concerto no festival parisiense Rock en Seine, que se discute a possibilidade dos Oasis se reunirem. Porém, até agora, o mais próximo que os fãs estiveram de voltar a ouvir a dupla foi através de um disco gerado com um modelo de inteligência artificial, lançado em 2023.
No final do ano passado, o “The Sun” publicou uma notícia que afirmava que Liam estaria disposto a fazer as pazes com o irmão para avançar com uma digressão para celebrar os 30 anos do álbum de estreia. Caso não quisesse, iria seguir caminho de qualquer das formas e, ao que parece, contou apenas com o apoio do guitarrista Paul Artur, também conhecido como Bonehead, que deixou a banda em 1999.
Esta não é a primeira vez que Liam aponta para uma possível reconciliação. No ano passado, fê-lo quando recebeu o comentário de um fã no X. “Liam, há uma pequena percentagem de hipótese para que os Oasis possam regressar?” O músico respondeu: “Vai acontecer”.
Nos últimos anos, Noel também repetiu várias vezes que isso poderia acontecer, mas recentemente mostrou alguma abertura face à ideia, tendo indicado que a sua relação com o irmão melhorou significativamente. “Nunca digas nunca”, disse.
Ao longo do tempo, os insultos e as acusações públicas têm sido recorrentes. Liam comparou Noel e a sua mulher Sara MacDonald aos serial killers Fred e Rosemary West, por exemplo, e culpou MacDonald pela separação da banda. Já Noel acusou Liam de enviar mensagens ameaçadoras à sua filha, Anaïs, o que levou a que Liam mais tarde pedisse desculpas. Em 2019, Noel ameaçou Liam com um processo judicial por causa do documentário “As It Was”, proibindo-o de usar material dos Oasis na banda sonora.
A banda de rock juntou-se em 1991, em Manchester, no Reino Unido. Era composta por Liam Gallagher, pelo irmão Noel Gallagher, Paul Arturt e Tony McCarroll. A composição da banda foi sofrendo algumas alterações, até à separação em 2009.
O álbum “Definitely Maybe” foi lançado em agosto de 1994. Rapidamente se tornou no disco de estreia mais vendido na história da música britânica e mais tarde alcançou oito vezes o disco de platina. O que foi uma surpresa, já que o momento de criação foi marcado por diversas sessões difíceis em vários estúdios de gravação.
Vinte anos depois do lançamento, Rob Sheffield, crítico da revista “Rolling Stone”, descreveu o álbum como “uma das odes mais gloriosas e grosseiras de cigarros, álcool e solos de guitarra idiotas que as ilhas britânicas alguma vez criaram”.