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Nuno Bettencourt homenageou Diogo Jota durante espetáculo de despedida dos Black Sabbath

O guitarrista luso-americano vestiu a camisola do internacional português durante a parte final do concerto, em Inglaterra.

Nuno Bettencourt, guitarrista dos Extreme, fez uma homenagem a Diogo Jota este sábado, 5 de julho, durante um concerto Birmingham, Inglaterra, para assinalar o fim da carreira dos Black Sabbath. O momento aconteceu já na parte final do espetáculo do cantor inglês Yungblud, que se fazia acompanhar em palco por Bettencourt.

Yungblud dedicou o tema “Changes ao jogador português que morreu esta quinta-feira, 3 de julho, num acidente de viação em Zamora, Espanha. Ao mesmo tempo, o guitarrista luso-americano vestiu a camisola do número 20 do Liverpool, com o nome de Jota nas costas, prestando um sentido tributo em palco, que emocionou o público presente. 

“Back to the Beginning: Ozzy’s Final Bow”” é o nome do evento que reúne vários artistas para a despedida definitiva da famosa banda britânica Black Sabbath, formada em 1968. Contou com atuações do grupo composto por Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, assim como Ozzy Osbourne a solo, Metallica, Slayer e Guns N’ Roses, entre outros. Os bilhetes estavam esgotados há muito.

Bettencourt fez parte do alinhamento daquele que ficou conhecido como “o maior concerto de metal de sempre” e aproveitou a oportunidade para homenagear o futebolista. Mas esta não foi (de longe) a primeira vez que Bettencourt faz parte dos maiores espetáculos do mundo.

Nascido na ilha Terceira, nos Açores, mudou-se para os Estados Unidos da América com apenas quatro anos. A família ia à procura de tudo: emprego, dinheiro e uma vida melhor. Após juntar-se aos Extreme, os membros chegaram mesmo a tocar ao lado dos Aerosmith e, pelo meio, ainda colaborou com nomes como Janet Jackson, Toni Braxton e Robert Palmer, por exemplo. Tornou-se cada vez mais requisitado.

A parceria com Rihanna

Nuno Bettencourt é também o guitarrista da banda que acompanhou Rihanna em todas as digressões, desde 2009. Em 2023 foi um dos músicos que subiram ao palco para dar apoio à cantora na final da Super Bowl, num espetáculo que durou cerca de 13 minutos e foi visto por milhões de pessoas em todo o mundo.

“Tínhamos acabado de fazer uma digressão dos Extreme e um amigo meu, o Tony Bruno, ligou-me a dizer: ‘Já te pedi dez vezes, mas sei que estás em Los Angeles. Nós estamos cá também, a Rihanna viu alguns dos teus vídeos. Aceitarias fazer isto?’”, revelou numa entrevista.

Inicialmente, recusou o convite porque o material tinha pouca presença de guitarra. No entanto, ficou convencido quando lhe disseram que a cantora queria algo mais pesado ao vivo e, perante o desafio, mudou de ideias. “Pensei: portanto, vou poder fazer o que faço melhor. ‘Posso arruinar cada uma das canções dela?’ E ele respondeu: ‘Sim’.”

Confrontado pelos céticos, explica que há mais perícia e dificuldade nos espetáculos do que se poderia pensar à partida. “É uma banda a sério, não há playback. Pegamos nos temas e tocamo-los a sério, não têm nada a ver com o que está no disco”.

Aos 56 anos, Nuno Bettencourt cimentou o seu nome como um dos melhores guitarristas do País, muito graças aos anos a tocar com os Extreme. “More Than Words” foi o tema que os catapultou para a fama, composto por Nuno e Gary Cherone. Lançado em 1990, inserido no álbum “Pornograffitti”, chegou ao primeiro lugar da Billboard norte-americana, também no Canadá — e, naturalmente, em Portugal. No resto do mundo, foi um incrível sucesso. No Reino Unido, o single vendeu mais de 200 mil cópias.

 
 
 
 
 
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