Música

O arraial dos Santos para todos os gostos tem música urbana, house e Maria Leal

Quando Deejay Kamala criou os Santos Sem Cerimónia, quis acrescentar opções para todos os gostos musicais e idades.
Tem curadoria de Deejay Kamala.

Os Santos Populares são, para muitos, sinónimo de sardinhas, cerveja e, claro, música popular. Isto não é, contudo, uma regra imutável. Muitas vezes a presença de um estilo musical diferente num destes convívios populares pode ser uma boa surpresa. No novo arraial dos Santos, marcado para 12 de junho, vai poder ouvir de tudo, e ninguém é esquecido, independentemente do gosto musical e faixa etária.

Os Santos Sem Cerimónia foi criado por Deejay Kamala, “a convite do Campo Pequeno para fazer uma festa de Santos no grande arraial das Avenidas Novas”, conta à NiT. “É uma coisa que nunca fiz, mas que oferece mesmo algo para toda a gente e para todos os gostos.”

Apesar da vasta panóplia de artistas, não faltará a típica música de arraial, graças à convidada especial Maria Leal, uma escolha mais kitsch da organização. “O Bar do Pimpão também é mais virado para a estética popular, enquanto que o set Dejá Vu é mais revivalista”, adianta Deejay Kamala, que também atuará na festa ao lado de NBC, um momento durante o qual reinará a música urbana.

A variedade musical se fica por aqui. Os Santos Sem Cerimónia vão acolher o I Love Baile Santos, mais focado na música popular brasileira, e o Arraial Sweet, com “disc jockeys de música urbana mas que vão desde o hip hop ao house e à eletrónica.” “O desafio foi tentar trazer isto, mas apimentar com música popular”, admite o criador do programa.

O evento arranca pelas 17 horas e termina pelas quatro da manhã — e a sua duração influenciou algumas das escolhas. Deejay Kamala juntou artistas que conseguissem trazer uma “vibe de festa” intrínseca aos Santos, criando, simultaneamente, um “lineup que pudesse comunicar com vários tipos de públicos e de gostos musicais.” E acrescenta: “não mergulhámos na pool de nomes habituais. Quisemos ir buscar alguém da música popular, mas mais kitsch. Depois reunimos um batalhão de malta cuja estética musical é contagiante.”

Com este programa, Kamala também deseja revolucionar aquilo que acreditamos ser os Santos Populares. Embora descreva o evento como “a festa mais emblemática do País”, crê que está muito “marcada e vincada por um mindset de música popular, e quis trazer uma pitada de irreverência.”

É, sem dúvida, um projeto ambicioso, especialmente quando todos estão desejosos de voltar a celebrar um evento que não festejavam há um par de anos. Qualquer um se poderia sentir nervoso, mas o organizador troca este sentimento negativo pelo entusiasmo. “Vai correr bem, as pessoas gostam de sair e de se divertir quando procuram festas dos Santos. As escolhas que fiz a nível artístico têm tudo para levar o público ao Campo Pequeno”, remata. “Tenho a certeza de que vão sair contentes.”

Além dos concertos, vai encontrar um recinto adequado a adultos e miúdos. Os mais pequenos podem entreter-se nos carrosséis e insufláveis, enquanto que os pais podem comer uma sardinha ou pedir uma cerveja e simplesmente descansar. “Também temos um bom espaço para os jovens que queiram ir beber uns copos com os amigos”, expica.

Kamala garante que será uma festa única na cidade, exatamente o que as pessoas precisam para saírem e se divertirem. “O que temos montado é algo diferente do que vão encontrar nos outros locais da cidade, um bom motivo para passarem por cá”, conclui Deejay Kamala. 

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