Música

Sai mais um processo para P. Diddy com acusações de agressão e tráfico sexual

Ex-assistente afirma ter sido obrigado a atos degradantes e a gerir festas controversas.
Tem 55 anos.

O rapper Sean “Diddy” Combs, que já enfrenta mais de 30 acusações de agressão sexual de pelo menos 120 pessoas — incluindo 25 que seriam menores na altura —, vê agora o caso ganhar novos contornos com mais um processo e uma nova acusação. Phillip Pines, ex-assistente de Diddy que trabalhou com o artista entre 2019 e 2021, processou-o por ter sido forçado a organizar festas intituladas “Wild King Nights”. Nesses eventos, revela a revista “Variety”, o queixso foi alegadamente obrigado a realizar um ato sexual à frente do músico como prova de “lealdade”.

O processo, apresentado na última segunda-feira, 23 de dezembro, conta com 32 páginas que detalham todas as acusações. Pines afirma que foi ordenado a fornecer drogas e brinquedos sexuais para as festas e a limpar os quartos após os encontros. “O autor foi instruído por Sean Combs em várias ocasiões para garantir que o seu quarto pessoal e/ou vários quartos de hotel estivessem equipados com luzes vermelhas, baldes de gelo, álcool, cigarros de marijuana, pacotes de mel para libido masculina, óleo de bebé, Astroglide, toalhas, drogas ilegais e máquinas de sexo potentes. Eram apelidadas de ‘Wild King Nights'”, pode ler-se no documento apresentado ao Tribunal Superior do Condado de Los Angeles.

Pines também relatou ser responsável por transportar uma mala preta da Gucci, conhecida como a MVP, que continha provisões para as festas. O processo inclui acusações de agressão sexual, tráfico sexual e sofrimento emocional. Entre as substâncias que alegadamente fornecia estavam a pílula do dia seguinte e Cialis, um medicamento para a disfunção erétil. Pines também afirma que Diddy deixava gorjetas “muito altas” às equipas de limpeza para as impedir de “reportar qualquer coisa”.

Os advogados do rapper negaram veementemente as acusações. “Não importa quantos processos sejam movidos, isso não mudará o facto de que Combs nunca abusou sexualmente ou fez tráfico sexual de ninguém — homem ou mulher, adulto ou menor”, declararam.

As denúncias contra Diddy começaram a surgir em novembro de 2023, quando Cassandra Ventura, conhecida como Cassie, apresentou queixa contra o ex-namorado por agressão e violação. Embora o rapper tenha negado as alegações, um vídeo de 2016, captado por câmaras de vigilância de um hotel, mostra-o a empurrar e a pontapear a cantora.

Cassie descreveu a conduta agressiva de Diddy como recorrente durante a relação, que durou de 2007 a 2018. Na queixa, que se estende por 35 páginas, Cassie afirma que o músico a drogou, espancou e forçou a ter relações sexuais com outros homens, enquanto filmava os atos. Após o fim da relação, o rapper terá forçado a entrada na casa de Cassie para a violar.

Outras acusações dizem respeito a eventos realizados nos Hamptons, onde festas promovidas pelo músico — conhecidas como “freak-offs” — resultaram em múltiplas denúncias de abuso. Uma das vítimas, um homem, afirma ter sido agredido sexualmente em 1998, aos 16 anos, durante um desses eventos.

A lista de acusações inclui vítimas entre os 9 e os 38 anos, que relataram ter sido drogadas, forçadas a atos sexuais e filmadas, com os vídeos alegadamente usados para chantagem.

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