Anualmente, a gala japonesa Praemium Imperiale reconhece o contributo de cinco nomes internacionais nas artes e na cultura. Na 35.ª edição, que decorrerá a 19 de novembro, em Tóquio, uma das galardoadas vai ser a pianista Maria João Pires.
A distinção é acompanhada por um prémio monetário no valor de 15 milhões de ienes, aproximadamente 95 mil euros.
A portuguesa começou a tocar nos finais dos anos 40 do século passado — apresentou-se pela primeira vez em público quando tinha apenas quatro anos. Atualmente, com 80 (feitos em julho), continua a acumular concertos.
Isto porque, na próxima semana, vai começar uma digressão onde dará vários espetáculos na Coreia do Sul, até ao final de outubro. Depois, vai levar as atuações até à Europa, onde tocará em países como França, Alemanha, Países Baixos, Luxemburgo e Espanha. Não há datas marcadas para Portugal.
Durante os mais de 60 anos de carreira, a pianista solidificou a sua posição como uma das principais intérpretes de artistas clássicos como Beethoven, Mozart e Debussy. Em 1970 ganhou o primeiro prémio do concurso internacional Beethoven. Aos nove anos, ganhou o prémio da Juventude Musical Portuguesa.
A estas acrescem-se ainda várias distinções como o Prémio Pessoa, uma Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura do Governo Português e até o prémio do Conselho Internacional da Música da UNESCO.
O Praemium Imperiale vai distinguir quatro outras personalidades: a artista plástica francesa Sophie Calle, a escultora colombiana Doris Salcedo, o arquiteto japonês Shigeru Ban e o realizador taiwanês Ang Lee.