O Fyre Festival ficou para a história como um dos mais desastrosos eventos musicais. Foi vendido como um festival de música de luxo nas Bahamas, mas tornou-se um fiasco tão grande que o seu criador, Billy McFarland, acabou condenado a uma pena de prisão de quatro anos por fraude, em 2018.
Após ser libertado, em março de 2022, o empreendedor norte-americano começou logo a preparar o regresso de uma nova edição. E, apesar dos escândalos, a reação do público foi positiva. Os primeiros bilhetes para o regresso do festival foram colocados à venda esta semana, em pré-venda, e já estão esgotados.
Numa fase inicial, foram colocadas apenas 100 entradas a um preço alegadamente promocional de 599 dólares (cerca de 460€). Trata-se, segundo a organização, de uma oferta única. Isto porque é esperado que o preço dos bilhetes suba assim que a venda geral abra: os bilhetes que restam terão preços que variam entre os 766€ e os 7300€.
Ainda assim, sabe-se pouco sobre o que está planeado para o evento. “A data do festival está sujeita a mudança. Os pré-eventos e pop-ups serão anunciados posteriormente”, pode ler-se no site oficial. Apenas se especula que o evento possa estar agendado para dezembro, mas não há confirmação.
Na sua primeira edição, o Fyre Fest revelou-se um pesadelo. Na campanha que o antecedeu, anunciavam-se festas paradisíacas recheadas de modelos, o que convenceu vários milhares a desembolsarem mais de 400 centenas de euros cada por um fim de semana de luxo, ao som de artistas como Pusha T, Tyga ou Blink 182, entre muitos outros.
No final, não houve espetáculos, nem sequer nenhuns dos luxos prometidos. Sem comida, alojamento ou apoio, milhares de festivaleiros viram-se presos na ilha e sem qualquer possibilidade de reaver o dinheiro. A Netflix e a Hulu fizeram ambas um documentário sobre o polémico Fyre.