Para Gisela João, a liberdade não está garantida. Mais de 50 anos após a revolução do 25 de Abril, a artista defende que ela deve ser protegida todos os dias. É isso que pretende fazer em “Inquieta”, o novo álbum que foi editado esta sexta-feira, 7 de fevereiro.
“Quero deixar bem claro que a minha intenção com este disco é maior que a data em si, é maior que isso tudo, é lembrar as pessoas que a nossa liberdade, a liberdade de cada um de nós, impõe cuidar da liberdade que é nossa e do nosso vizinho”, contou a fadista de 41 anos à “Lusa”, citada pelo “Notícias ao Minuto”. A ideia para o novo projeto surgiu logo após os concertos de celebração dos 50 anos do 25 de Abril, que realizou em 2024.
Para o alinhamento do álbum, recorreu maioritariamente ao repertório do grande poeta de abril, José Afonso. Interpreta algumas das suas canções como “A Morte Saiu à Rua” ou “Vejam Bem”. Interpreta também faixas de outras figuras emblemáticas da data, nomeadamente Paulo de Carvalho com “E Depois do Adeus”, ou Sérgio Godinho com “Que Força é Essa Amigo”, concedendo-lhes novos arranjos que se aproximam mais do seu estilo musical, o fado.
Fazem também parte do álbum os temas, “Os Bravos”, “Balada de Outono”, “Que Amor Não me Engana”, “Acordai”, e “Canção de Embalar”. Os arranjos musicais ficaram a cargo não só da fadista, mas também de Carles Rodenas Martinez e Luís “Twins” Pereira, que também esteve na produção executiva e gravação do disco.
A emergência da luta pela liberdade, é, para Gisela João, a razão pela qual os temas que interpreta em “Inquieta” não perderam atualidade, mesmo após 50 anos. “Liberdade não é um dado adquirido”, afirma.