Música

Salvador Sobral confessa ter feito testamento antes do transplante

O músico é o próximo convidado de “Alta Definição”, onde revelou que chegou a dizer “a quem ia deixar o piano”.

Em 2017, Salvador Sobral viveu um ano repleto de emoções intensas. A braços com um problema cardíaco grave e a necessitar de um transplante, participou na Eurovisão, onde conquistou o primeiro lugar com a canção “Amar Pelos Dois”.

Após a competição, em contra-relógio e com pouco otimismo, aguardou pela salvação em forma de transplante de coração. O drama foi tema de conversa na passagem do músico pelo programa “Alta Definição”, no episódio que será transmitido no sábado, 7 de setembro, na SIC.

“Era uma doença fatal e havia a possibilidade de não aparecer um coração a tempo”, explica Sobral, que confessa ter vivido a espera com pouco otimismo. Também por isso aproveitou o tempo para escrever um testamento nas notas do telemóvel.

No documento que mostrou apenas à então namorada e aos pais, revelou “até a quem ia deixar o piano da casa”, diz. E apesar do cenário da morte estar em cima da mesa, confessa que sempre se sentiu “bastante em paz”.

Entre os pedidos deixados em testamento, o músico pediu que as suas cinzas fossem atiradas ao Mediterrâneo, em Maiorca, local onde começou a cantar. “Tinha as coisas de uma maneira muito fria e muito prática”, nota.

A entrevista surge numa altura em que Salvador Sobral se prepara para deixar Portugal e mudar-se com a família para Barcelona. “Há mais ou menos 12 anos apanhei um ferry de Maiorca para me mudar para Barcelona. Era um jovem cheio de sonhos e ainda sem doenças, ou seja, sem preocupações. Agora, 12 anos depois, volto a mudar-me para Barcelona a partir de Lisboa. Sou um adulto cheio de sonhos e já sem doenças, mas com muitas preocupações”, escreveu no seu perfil do Instagram.

O artista irá emigrar acompanhado por Jenna, a mulher, e Aïda, a filha com um ano e meio. “Será uma grande aventura para a nossa família.” Ainda assim, o músico de 34 anos garante que vai regressar a Portugal. “Felizmente, vou voltar ao meu país amiúde”.

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