O Sol da Caparica começou esta quinta-feira, 11 de agosto, mas as coisas não estarão a correr da forma que a organização pretendia. O primeiro dia do maior festival da Margem Sul ficou marcado pelas dificuldades técnicas, que afetaram os concertos de vários dos artistas que faziam parte do cartaz.
“Ontem foi um dia estranho… Percebia-se, desde manhãzinha cedo, no ensaio de som, que as questões técnicas e práticas do palco Free Now n’O Sol da Caparica estavam muito aquém do que é necessário para um festival com esta dimensão”, escreveu o artista Miguel Ângelo, no Instagram.
E acrescentou: “Tentava-se que todos os artistas em cartaz conseguissem ajustar as coisas da melhor forma, face aos horários muito apertados”, realça.
Miguel Ângelo viu duas canções e meia do seu set serem canceladas ainda antes do começo do concerto. Além disso, o espetáculo devia ter começado às 21h20, mas o músico só subiu ao palco às 00h17.
“Tenho uma carreira a caminho dos 40 anos e há coisas que simplesmente já não podem acontecer no Portugal dos Festivais em 2022”, conclui.
Há mais artistas com queixas sobre a organização do evento. Paulo Furtado, conhecido por The Legendary Tigerman, teve mesmo de cancelar o espetáculo marcado para as 22h30.
“Por razões que nos são alheias e relacionadas com a organização do festival, lamentamos profundamente o cancelamento do concerto de hoje. Pelo facto pedimos profundas desculpas aos nossos fãs”, desabafou no Instagram.
O público também não está satisfeito com estas sucessivas falhas no festival O Sol da Caparica. “Comprei bilhete de propósito para te ver. Foi uma pena, mas a organização era muito desorganizada. Depois de atrasos, ainda se leva com problemas de som”; “Tristeza de festival”; e “A organização nem uma explicação deu”. Estes são alguns dos comentários feitos no post publicado por Paulo Furtado.
A NiT falou com o promotor do festival, que desvalorizou os comentários feitos nas redes sociais.